AQUILOMBAR-SE!

O ESPAÇO “CASA NORTE” E SUA ATUAÇÃO NA VALORIZAÇÃO DA IDENTIDADE AFROBRASILEIRA EM ERECHIM/RS

  • VANESSA SANTOS NASCIMENTO
  • MÁRCIO FREITAS EDUARDO

Resumo

O processo de aniquilação da memória, do saber, da cultura e da identidade negra pelos europeus, através do tráfico transatlântico de pessoas sequestradas do continente africano para serem escravizadas no Brasil, ocasionou a destruição de diversas estruturas socioeconômicas em África e, em terras brasileiras. Nações africanas distintas foram jogadas em outro território de dimensões continentais, as quais, diante de tantas perversidades, se viram impulsionadas a criar estratégias coletivas de subjetivação, construindo novos signos de identidade e posições inovadoras de colaboração, de contestação e de resistência. Diante desses fatos, após a assinatura da Lei Áurea (1988), diversos problemas tornaram - se evidentes, com a ausência de assistência para com as pessoas negras “libertas”, principalmente relacionado ao direito da terra, ocasionando, até os dias atuais, problemas socioeconômico, culturais e raciais dentro e fora do território brasileiro. Nesse sentido, percebe -se que a produção cultural negra, na circunstância da diáspora, a todo o momento esteve empenhada em inventar e fundar seus próprios referenciais, sua ideia de pertencimento e até mesmo sua noção de origem e ancestralidade, com o objetivo de garantir a continuidade de suas memórias e existências. É mister considerar que na formação da identidade cultural negra em diáspora, ancestralidade e inovação são dimensões complementares. É nesse sentido que espaços culturais como o “Casa Norte”, podem significar um elo de contato e possível (re)construção da identidade negra diaspórica, despertando a memória e o corpo como territórios de resistência e Luta pelo direito de existir em Erexim/RS. Iremos focar nos eventos e atividades que tiveram como proposta temas relacionados à cultura Afrodiaspórica.

Publicado
23-02-2024
Seção
Trabalhos Completos