Monitoria para o Laboratório de Maquetes
Palavras-chave:
Modelos físicos, Formação prática, Aprendizagem ativa, Trabalho colaborativoResumo
O Laboratório de Maquetes do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Campus Erechim, constitui um espaço didático essencial para o desenvolvimento de competências práticas e criativas dos estudantes, especialmente no que diz respeito à representação tridimensional de mobiliários, projetos arquitetônicos, urbanísticos e paisagísticos. O espaço — também conhecido como Maquetaria — é utilizado por disciplinas ao longo de todo o curso e tem papel fundamental no processo de ensino-aprendizagem, à medida que permite a materialização física de ideias projetuais e favorece a compreensão espacial e a comunicação visual. Com o objetivo de qualificar o ensino e aprendizagem das disciplinas que utilizam modelos físicos, o projeto de monitoria propõe a atuação de um monitor responsável por apoiar o uso do laboratório. Entre os objetivos específicos, destacam-se: a aproximação do estudante monitor às práticas docentes do ensino superior; o fomento ao trabalho colaborativo entre discentes; e a melhoria das condições de uso, manutenção e organização do espaço e seus equipamentos. A presença de um monitor é estratégica para garantir a operacionalização adequada do laboratório, visto que atualmente não há um profissional técnico designado para a função, o que tem acarretado prejuízos ao uso coletivo e à conservação dos equipamentos. A proposta se fundamenta teoricamente na importância histórica e pedagógica das maquetes como instrumento de representação e comunicação na arquitetura. Autores como Rocha (2007), Paula et al. (2013) e Consalez (2014) destacam o papel das maquetes na tradução de ideias abstratas em formas compreensíveis, bem como no estímulo à criatividade e ao trabalho em equipe. O uso de maquetes físicas permite uma abordagem sensorial, tátil e interativa, que complementa as representações digitais e contribui para uma formação mais integral dos estudantes. O aporte teórico também contempla a inovação no uso de maquetes, com tecnologias como corte a laser, impressão 3D, modelagem híbrida e realidade aumentada, que ampliam as possibilidades pedagógicas e projetuais. A metodologia envolve a atuação direta do monitor em atividades de organização, manutenção, treinamento e apoio aos estudantes que utilizam a Maquetaria. As atribuições incluem o gerenciamento do espaço, apoio técnico, controle de materiais e equipamentos — como a máquina de corte a laser e a impressora plotter — e a promoção de ações de capacitação para o uso adequado dos recursos disponíveis. Também se prevê a participação do monitor em projetos de extensão e pesquisa que envolvam o laboratório, ampliando o impacto institucional da proposta. Entre os resultados da monitoria, destacam-se: a ampliação do uso seguro e eficiente da infraestrutura da Maquetaria; a melhoria das condições de trabalho no laboratório; o aumento da autonomia dos estudantes no uso dos equipamentos; a redução de perdas e extravios de materiais; a dinamização de atividades interdisciplinares envolvendo ensino, pesquisa e extensão; e o fortalecimento da formação acadêmica e profissional do bolsista monitor, a partir da vivência prática de gestão, ensino colaborativo e apoio técnico. Espera-se, assim, que a Maquetaria se consolide como um espaço cada vez mais qualificado, colaborativo e inovador dentro da formação em Arquitetura e Urbanismo da UFFS.