O PAPEL DA MONITORIA ACADÊMICA NA FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO
INTEGRANDO TEORIA E PRÁTICA
Resumo
O Ensino Superior possui o desafio de preparar acadêmicos para atingir os objetivos curriculares e desenvolver competências. As instituições criam projetos educacionais para aprimorar a formação dos alunos e enriquecer seus currículos profissionais (FRISON, 2016). A monitoria acadêmica combina teoria e prática e de acordo com a Lei Federal Nº 9.346/1996, possibilita que os alunos monitores sejam introduzidos na docência durante a graduação, e conforme estabelecido no seu Art. 84, os estudantes do ensino superior podem ser utilizados em atividades de ensino e pesquisa pelas instituições correspondentes, desempenhando funções de monitoria de acordo com seu desempenho e plano de estudos (BRASIL, 1996). Mesmo que não siga carreira docente o enfermeiro atua como educador, emprega o processo de ensino/aprendizagem em todas as suas atividades de cuidado, dirigindo-se não apenas ao paciente e à família, mas também aos estudantes, à equipe de enfermagem e aos procedimentos técnicos (PINHEL; KURCGANT, 2007). O enfermeiro desempenha um papel crucial como educador em saúde, promovendo o cuidado integral, nesse sentido, a monitoria assume uma relevância ainda maior na formação, pois capacita os alunos a mediarem a aprendizagem e aprimorar suas habilidades. As experiências obtidas através de aulas, estágios e monitorias, contribuem significativamente para a formação do mesmo como educador em saúde (ABREU et al, 2015). Partindo desses pressupostos, as monitorias têm como objetivo promover a aproximação dos discentes com a prática docente e também contribuir com a qualidade de ensino e aprendizagem nos cursos de graduação. As monitorias são reguladas pelo projeto “Laboratório de Semiologia e Semiotécnica: um espaço facilitador para a formação do enfermeiro” e abrangem todo o curso de Enfermagem da UFFS, com ênfase nos alunos que estão passando pelos Componentes Curriculares (CCR) voltados à semiologia e semiotécnica. A seleção de monitores ocorreu através de um edital, oferecendo duas vagas remuneradas e duas voluntárias, o processo de classificação se deu pelas médias nos CCR de Fundamentos para o Cuidado Profissional I e II. Após o resultado em agosto de 2023, as estudantes classificadas e o docente orientador reuniram-se para planejar as atividades e dar continuidade ao projeto. As monitorias abrangem 3 turmas somando cerca de 90 estudantes que possuem acesso a 5 turnos de atendimento para suprir a demanda, organizados em turmas previamente agendadas. Durante as monitorias, os procedimentos já ensinados em aula são revisados e os alunos têm a oportunidade de praticar com o auxílio dos monitores. As técnicas mais solicitadas incluem sinais vitais, exame físico, punção venosa, preparação de medicamentos, sondagens e curativos. O projeto atingiu seus objetivos, visto que, as monitoras elaboram a programação das atividades, realizam os procedimentos, sanam as dúvidas e se mantêm atualizadas, assim, podendo ter uma base sobre a docência. Além disso, é notório o quanto a participação nas monitorias agrega no desempenho dos estudantes, ajudando-os a ganhar confiança e desenvolver procedimentos de maneira satisfatória durante os estágios e provas práticas, isso também é visto pelos professores e pelos próprios alunos, que reconhecem o valor desse espaço de aprendizagem para o desenvolvimento profissional.