ENSINO E APRENDIZAGEM DE CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL DOS CURSOS DE ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA E AGRONOMIA

  • Bárbara Cristina Pasa Universidade Federal da Fronteira
  • Stephen Orlly Orelus
  • Mario Jorge dos Santos
  • Dieudonne Hyacinthe
Palavras-chave: Matemática., Representações Semióticas, Derivadas e Integrais

Resumo

Ensinar e aprender na atualidade demandam mudanças. A sociedade contemporânea exige aprendizagens contínuas e habilidades para lidar com as transformações sociais, políticas e econômicas causadas, em grande parte, pelas tecnologias digitais da informação e comunicação. Essas transformações também perpassam os processos de ensino e de aprendizagem. Paralelo a essas questões, tem-se as dificuldades que os estudantes apresentam em disciplinas relacionadas à Matemática, mais especificamente, no Cálculo diferencial e integral, a qual é componente curricular nos cursos de Engenharia e Agronomia e objetivam, desenvolver habilidades e competências consideradas fundamentais para o bom desempenho acadêmico e profissional: capacidade de análise, síntese, interpretação de gráficos, tabelas, capacidade de se expressar com clareza, saber transitar entre as distintas representações semióticas dos objetos matemáticos, compreender a variabilidade de fenômenos, realizar inferências, modelar situações, entre outras. Contudo, essas são disciplinas com alto índice de reprovações causadas por diversos fatores, entre eles, a falta de conhecimentos e lacunas na matemática básica do ensino fundamental e médio, a falta de disciplina/hábito de estudo dos estudantes, bem como o desconhecimento de métodos de estudo eficazes. Diante deste cenário, a monitoria de ensino aqui apresentada visa contribuir para a melhoria do ensino e da aprendizagem de Cálculo Diferencial e Integral dos cursos de Engenharia Ambiental e Sanitária e de Agronomia da UFFS, campus Erechim, RS. Para isso, utiliza-se como aporte teórico norteador das ações da monitoria a teoria semiocognitiva de Raymond Duval (2003) – Teoria dos Registros de Representação Semiótica. De acordo com essa teoria, a aprendizagem matemática ou o acesso aos objetos matemáticos se dá de forma diferente das outras áreas do conhecimento devido ao fato de que os objetos matemáticos não são acessíveis perceptivelmente ou instrumentalmente. O acesso ao objeto matemático ocorre necessariamente por meio das suas representações semióticas, ou melhor, partir da coordenação entre representações semióticas (conversão). A monitoria, assim, leva em conta as dificuldades dos estudantes, as demandas atuais em termos de habilidades e as peculiaridades da atividade matemática. Metodologicamente, além da disponibilização de horários e atendimentos individuais que ocorrem no Laboratório Interdisciplina de Formação de Educadores – LIFE ou de forma remota são organizados encontros em grupos para estudo de conteúdos básicos, organizados e ministrados pelos monitores. Esses encontros ocorrem em horários extraclasse e visam auxiliar sanando lacunas na aprendizagem originadas de um ensino de matemática na Educação Básica descontextualizado, compartimentado e sem sentido.  É importante pontuar que, para que a aprendizagem ocorra, faz-se necessário o movimento, a motivação e o querer do estudante, por isso, embora somam-se esforços dos monitores, dificuldades relativas ao esvaziamento dos encontros e pouca procura, ainda persistem.

Publicado
22-05-2024