PERSPECTIVAS E DESAFIOS DO PROJETO DE MONITORIA DE CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL

  • Cássio Luiz Mozer Belusso Universidade Federal da Fronteira Sul Campus Cerro Largo
  • Násia de Oliveira Schneider UFFS
  • Émerson Rios Feijó UFFS
Palavras-chave: Aprendizagem. Cálculo. Ensino.

Resumo

Os Componentes Curriculares (CCRs) de Cálculo Diferencial e Integral pertencem à estrutura curricular de vários cursos de graduação da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). Eles buscam introduzir as principais ferramentas do Cálculo Diferencial e Integral, abordando aplicações tanto de âmbito geral quanto relativas ao curso. O primeiro contato com tais CCRs ocorre no primeiro ano de curso e, neste período, muitos acadêmicos ainda demonstram certa imaturidade no que diz respeito à abstração e ao formalismo matemático necessários para CCRs de tamanha complexidade. Este diagnóstico contribui diretamente para o fraco desempenho acadêmico e para o aumento do índice de repetência e evasão. Como forma de atenuar estas dificuldades, a monitoria surge como uma atividade de apoio pedagógico, com o propósito de contribuir para melhorar a aprendizagem mediante o desenvolvimento de novas práticas e experiências pedagógicas, uma vez que se traduz num processo mútuo de trocas de experiência e conhecimento em um espaço diferenciado da sala de aula (COSTA E ALVARENGA, 2010, p. 11). Os programas de monitoria da UFFS são efetivados através de Projetos de Ensino, com a finalidade de promover a aproximação com a prática docente no Ensino Superior e contribuir com a melhoria da qualidade de ensino e aprendizagem nos cursos de Graduação (UFFS, 2021). Diante do exposto, o presente trabalho apresenta um relato de experiência envolvendo o projeto de monitoria “Monitoria de “Cálculo Diferencial e Integral” desenvolvido no campus Cerro Largo da UFFS nos semestres letivos 2023-2 e 2024-1, e que contempla os CCRs de Cálculo I, II, III e IV. O projeto conta com 2 monitores, com carga horária de 16 horas semanais, sendo 10 horas de atendimento ao acadêmico e 6 horas de preparação individual e reuniões com o professor orientador. O atendimento ocorre de forma presencial e individualizado em uma sala específica para a monitoria, em que os monitores auxiliam os acadêmicos nas mais diversas atividades, como o esclarecimento de dúvidas e a resolução de listas de exercícios. Assim, além de contribuir com a aprendizagem daqueles que frequentam a monitoria, o monitor também contribui com sua própria formação, pois tem a oportunidade de ampliar seu domínio teórico-matemático, aproximando-se da profissão docente e enriquecendo sua trajetória acadêmica e curricular. Atualmente a busca pela monitoria vem numa crescente após um período de baixa procura no pós-pandemia. Considerando o público que frequenta as monitorias, entende-se que os resultados são satisfatórios, pois muitos acadêmicos estão se tornando frequentadores regulares, o que faz pensar que a monitoria está se mostrando eficaz. Mesmo assim, entende-se que muito da infrequência esteja associada a diversos fatores, como o conflito dos horários da monitoria com horários de aulas, a necessidade de deslocamento de acadêmicos de outras cidades e ao fato de muitos acadêmicos trabalharem no período que não estão na universidade. A procura tardia, bem como a procura pré-avaliações são outro fator importante a ser destacado, pois dificulta o atendimento do monitor, que não consegue fazer um atendimento qualificado e individualizado devido ao número de acadêmicos que frequentam a monitoria ao mesmo tempo.

Publicado
18-05-2024