A CONTRIBUIÇÃO DA MONITORIA NO ENSINO E APRENDIZAGEM DAS DISCIPLINAS DE FISIOLOGIA VEGETAL E TÉCNICAS LABORATORIAIS PARA O ESTUDO DAS CÉLULAS
Resumo
RESUMO
A monitoria é entendida como instrumento de natureza complementar para a melhoria do ensino e aprendizagem nos cursos de graduação, onde o monitor atua como ponte entre os discentes e docentes, esclarecendo dúvidas, motivando e incentivando os alunos ao estudo, e com isso, melhorando o rendimento escolar (FRIZON e MORAES, 2010). Esse auxílio extra pode ser decisivo para o sucesso acadêmico, especialmente em disciplinas desafiadoras. Além dos benefícios para os alunos que recebem assistência, a monitoria proporciona grandes oportunidades aos monitores, por aumentar a conexão com os professores; por garantir experiência profissional e reconhecimento acadêmico e por possibilitar um reforço acadêmico e desenvolvimento pessoal do monitor, pois ao ensinar outros alunos, eles reforçam sua própria compreensão do material, frequentemente ganhando novas perspectivas (SILVEIRA e SALES, 2016). O presente trabalho trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado a partir da vivência discente na monitoria das disciplinas de Técnicas Laboratoriais para o Estudo das Células, ofertada no primeiro semestre, e Fisiologia Vegetal, ofertada no quarto semestre do curso de Agronomia e sexto semestre do curso de Licenciatura em Ciências Biologia da Universidade Federal da Fronteira Sul, no período de agosto de 2023 a julho de 2024. A disciplina de Técnicas Laboratoriais para o Estudo das Células visa fornecer uma visão geral das células e tecidos com vistas a subsidiar o estudante para o entendimento das disciplinas que tratam dos níveis de organização superiores à célula. Além disso, objetiva capacitar os estudantes para o preparo de lâminas histológicas e uso do microscópio de luz. A disciplina de Fisiologia Vegetal tem por objetivo fornecer uma visão dinâmica dos principais processos metabólicos que ocorrem nos vegetais com vistas a subsidiar o estudante para o entendimento de disciplinas futuras. Para que os temas abordados e o conhecimento transmitido nas disciplinas sejam fixados pelos discentes, a cada semana os estudantes desenvolvem atividades práticas e devem entregar um relatório das atividades executadas. Estes relatórios são corrigidos semanalmente e entregues aos alunos servindo como estudo dirigido. Durante o período de monitoria relacionado ao componente curricular de Fisiologia Vegetal, observou-se que cerca de 40% dos alunos matriculados buscaram atendimento extra aula. A maior parte dos alunos que participaram da monitoria estavam interessados em repor relatórios não realizados em aula prática (devido a não frequência na aula) e uma menor parcela em sanar dúvidas de aulas práticas e teóricas anteriormente ministradas. Do total de alunos que frequentaram a monitoria do componente curricular de Fisiologia Vegetal, 60% obtiveram aprovação na disciplina. Quanto ao componente curricular de Técnicas Laboratoriais para o Estudo das Células, que está ocorrendo no semestre vigente, até o presente momento (abril de 2024), foram atendidos cerca de 31% dos discentes. A maior demanda dos alunos é para a reposição de relatórios, seguida de treinamento, manuseio do microscópio e preparo de lâminas provisórias e, por último, sanar dúvidas em relação ao conteúdo teórico das aulas. Estes resultados comprovam a importância da monitoria para aperfeiçoamento e/ou aprimoramento do componente curricular, quanto a melhoria no aprendizado dos discentes.
Palavras-chave: Reforço acadêmico; Desenvolvimento pessoal; Melhoria no aprendizado.
Referências
FRISON, L. M. B.; MORAES, M. A. C. As práticas de monitoria como possibilitadoras dos processos de autorregulação das aprendizagens discentes. Poíesis Pedagógica, v. 8, n. 2, p. 126-146, 2010. Disponível em: <http://www.revistas.ufg.br/index.php/poiesis/article/view/14064>. Acesso em: 29 abr. 2024.
SILVEIRA, E.; SALES, F. A importância do Programa de Monitoria no ensino de Biblioteconomia da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Revista de Ciência da Informação e Documentação, v. 7, n. 1, p. 131, 2016. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/incid/article/view/89337. Acesso em: 29 abr. 2024.