RELATO DE EXPERIÊNCIA: MONITORIA DE ANATOMIA HUMANA

  • Rafael Kremer
Palavras-chave: Palavras-chave: Monitoria acadêmica. Anatomia Humana. Ensino.

Resumo

A anatomia humana inclui vastos e complexos conhecimentos que nos familiarizam com a organização do corpo humano, representando um elemento de alto valor aos atores da área da saúde. Em relação à medicina, é área essencial e interage de maneira prática com o campo clínico e cirúrgico, promovendo assim a renovação do conhecimento e o progresso da prática médica. A anatomia, como ciência formativa preliminar, integra regularmente os componentes curriculares de Processos Morfofuncionais I e II realizados no primeiro ano do curso de Medicina do campus Passo Fundo da UFFS. Devido ao nível de complexidade da área, é essencial que se consolide o aprendizado acadêmico por meio de estudos complementares extraclasse como as monitorias. A monitoria em Anatomia Humana objetiva estabelecer às condições essenciais ao aprendizado discente, uma vez que oferece espaço de estudo teórico-prático para a assimilação qualificada dos termos, dos conceitos e da organização que compete ao organismo humano. É um momento propício para o desenvolvimento ativo de processos de ensino e aprendizagem, tanto dos discentes quanto dos monitores. Deve-se destacar que a vivência em programas de monitoria de ensino permite ao monitor uma oportunidade de experiência docente supervisionada não evidenciada em outros momentos da graduação. E, concomitantemente, possibilita aos monitores o desenvolvimento de outras habilidades e competências, tais como liderança, preparação didática, responsabilidade com os horários e orientação sobre a organização de estudo e dos anseios discentes (FONTOURA; MURARI, 2022). Ainda nesse interim é vivenciado o compromisso profissional frente aos docentes, técnicos e processos administrativos da instituição. Assim, a monitoria se torna uma estratégia de ensino de mão dupla, capaz de construir uma relação modificadora e facilitadora do processo educacional de monitores e monitorados (SOUZA et al., 2020). Durante o desenvolvimento da monitoria, atividades teórico-práticas são desenvolvidas no laboratório de Anatomia Humana campus Passo Fundo da UFFS, o qual conta com amplo acervo de modelos sintéticas, ossos, estruturas orgânicas e cadáveres previamente dissecados. Além disso, toda a dinâmica da monitoria constitui uma prática de estudo ativo norteada por roteiros elaborados previamente pelos docentes com base na terminologia anatômica internacional, por cronograma de ensino, por materiais de apoio e bibliografia especializada indicada pelos docentes. Como atividade da monitoria também são sistematicamente elaborados simulados, a fim de mimetizar o ambiente de prova prática e propiciar ao discente a percepção e reflexão sobre a evolução do seu aprendizado. Os monitores destinam entre 10 a 20 horas semanais para revisão dos roteiros e material de ensino, preparação dos materiais de apoio, simulados e exercício das atividades práticas de monitoria com os discentes. A monitoria em anatomia humana tem sido utilizada sistematicamente no campus Passo Fundo da UFFS e com resultados positivos, uma vez que há grande assiduidade acadêmica, auxilio no aprendizado dos acadêmicos matriculados em Processos Morfofuncionais I e II, bem como amplia o tempo dedicado às atividades de ensino práticas no Laboratório de Anatomia Humana. Em relação aos monitores, os mesmos possuem nessa prática a oportunidade de sedimentar e aprofundar o conhecimento, além de experimentar uma atuação profissional supervisionada.

Referências

SOUZA, Joquebede et al. Impactos da monitoria acadêmica de anatomia humana: concepções de estudantes de enfermagem. Revista Enfermagem Atual In Derme, v. 94, n. 32, 2020.

Disponível em: https://www.revistaenfermagematual.com.br/index.php/revista/article/view/877. Acesso em: 14 abr. 2024.

FONTOURA, Murilo; MURARI, Anelise. Monitoria de anatomia humana básica em tempos de pandemia: relato de experiência. Ensino em Perspectivas, v. 3, n. 1, p. 1-9, 2022.

Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/ensinoemperspectivas/article/view/8546. Acesso em: 14 abr. 2024.

Publicado
11-07-2024