CARACTERIZAÇÃO BIOQUÍMICA DE LEVEDURAS ISOLADAS DE PALHA E BAGAÇO DE MILHO EM DECOMPOSIÇÃO

  • Évelyn Taize Barrilli Universidade Federal da Fronteira Sul Campus Chapecó
  • Leticia Mara Milani UFFS
  • Viviani Tadioto UFFS
  • João Paulo Bender UFFS
  • Sérgio Luiz Alves Júnior UFFS

Resumo

O etanol atualmente produzido no Brasil é proveniente da fermentação do caldo de cana-de-açúcar. Contudo, esse combustível também pode ser produzido a partir de resíduos lignocelulósicos, permitindo expressiva elevação do volume de produção sem aumentar áreas de plantio e sem competir com a produção de alimentos. Assim sendo, resíduos de cultura de milho também podem ser utilizados. Entretanto, a levedura atualmente utilizada no processo é incapaz de hidrolisar os polissacarídeos desses resíduos e de fermentar parte dos seus mono e dissacarídeos. No intuito de caracterizar leveduras selvagens com essa capacidade, foram analisadas dez linhagens isoladas de biomassa de milho quanto à capacidade de crescer em meios metabolizando glicose, xilose, celobiose ou celulose. Além disso, as células dessas leveduras também tiveram suas atividades celobiase intracelular e periplasmática avaliadas. Embora não tenham conseguido metabolizar a celulose, todas as cepas foram capazes de crescer nos meios com glicose, xilose ou celobiose. Nessas linhagens, a hidrólise da celobiose ocorreu somente dentro das células. Não foi detectada atividade celobiase periplasmática, e a glicose atuou como repressor da expressão dessas enzimas. Esses resultados demonstram potencial de aplicação industrial das enzimas dessas leveduras que podem, portanto, contribuir com a otimização da produção de etanol de segunda geração. 

Biografia do Autor

Évelyn Taize Barrilli, Universidade Federal da Fronteira Sul Campus Chapecó
Estudante, curso de Engenharia Ambiental.
Publicado
17-09-2018