OBTENÇÃO DE AÇÚCARES FERMENTESCÍVEIS A PARTIR DA BIOMASSA LIGNOCELULÓSICA DE MILHO PARA PRODUÇÃO DE BIOETANOL

  • Letícia R. Bohn Universidade Federal da Fronteira Sul Campus Chapecó
  • Aline P. Dresch Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Sérgio L. Alves Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Guilherme M. Mibielli Universidade Federal da Fronteira Sul
  • João P. Bender Universidade Federal da Fronteira Sul

Resumo

A busca por fontes de energias alternativas e renováveis vem crescendo a cada ano, devido aos problemas causados pela alta demanda no consumo de combustíveis fósseis, e pela questão econômica que estas energias envolvem. Nesse contexto, o etanol se destaca entre os biocombustíveis como substituto à gasolina, uma vez que se trata de uma fonte de energia renovável e sustentável. Contudo, o aumento na produção, visando suprir a crescente demanda, obrigaria a ampliação das áreas de cultivo, a qual compete diretamente com a indústria alimentícia. Nesse contexto, o resíduo da produção de milho aparece com destaque no cenário nacional e estadual, como matéria-prima para produção de etanol. Há ainda, porém, grandes desafios a serem enfrentados para viabilizar essa forma de produção de etanol, que pressupõem a otimização das etapas de pré-tratamento da biomassa, hidrólise dos polissacarídeos e fermentação dos hidrolisados. Desse modo, esta proposta foi lançada com o intuito de encontrar as alternativas necessárias para garantir a viabilidade do processo, por meio da avaliação de diferentes métodos que maximizem os rendimentos em açúcar. Inicialmente, realizou-se a caracterização físico-química da biomassa, constatou-se que aproximadamente 60% da composição da biomassa é formada por hemicelulose e celulose, estruturas que, ao serem quebradas geram açúcares, os quais podem ser fermentados em etanol. Empregou-se no processo um pré-tratamento básico com hidróxido de cálcio, em uma solução de 100 g/L de biomassa, o qual apresentou melhor rendimento na concentração de 0,2 g Ca(OH)2/gbiomassa  em incubação (70ºC e 200 rpm) por um período de 12 horas, seguido por hidrólise enzimática, utilizando-se enzimas comercias nas concentrações de 2% Ctec2 e 0,5% Htec2 em incubação (50ºC e 200 rpm) durante 24h. Através desse processo, obteve-se uma solução com concentração de 0,3 gcarboidratos/gbiomassa, sendo os carboidratos açúcares fermentescíveis quantificados via HPLC.

Publicado
17-09-2018