HISTORIOGRAFIA E PODER NA CRÔNICA ANGLO-SAXÔNICA – SÉCULOS VII E VIII

  • Kauê Junior Neckel Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Renato Viana Boy

Resumo

A seguinte pesquisa propôs produzir um estudo sobre as estruturas políticas, relações de poder e escrita da história dos reinos anglo-saxões nos séculos VII e VIII. Para entender tais estruturas, partiremos da Crônica Anglo-Saxônica, principal fonte que este trabalho contemplou. A Crônica Anglo-Saxônica é um conjunto de manuscritos que começa a ser escrita no século IX a mando de Alfredo, o Grande (849 – 899), até então rei de Wessex, sendo escrita até o ano de 1154. Estes manuscritos relatam a história da ilha britânica, desde o nascimento de Cristo até o período em que deixam de ser escritos. Este trabalho lida com pontos relacionados a historiografia sobre os anglo-saxões, tomando a Crônica Anglo-Saxônica como base e também a história política, uma vez que a questão do reino é vigente em nossos problemas de pesquisa. Quanto ao recorte temporal, analisaremos os séculos VII e VIII, partindo no início do século VII quando os reinos anglo-saxões estão fragmentados politicamente e terminando em 793, quando os vikings invadem os reinos anglo-saxões, causando uma ruptura política. Como problemas de pesquisa se lançarão às fontes variadas questões que envolvem a caracterização do conceito de reino anglo-saxão, a troca de informações políticas entre os reinos, a análise da hierarquização do reino e de suas estruturas, as relações de poder e a influência política da coroa no reino. Além disso, também nos apropriaremos questões que envolvem a historiografia do documento, tentando analisar como se constitui uma escrita da história em forma de crônica, como o poder e a política se comportam nesse tipo de escrita e qual a perspectiva de escrita do reino de Wessex sobre os outros reinos.

Publicado
14-09-2018