APLICAÇÃO DE NOVOS MATERIAIS GEOTÉCNICOS EM BARREIRAS DE CONTENÇÃO DE LIXIVIADOS ÁCIDOS DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS E DE MINERAÇÃO

  • Lucimara Bragagnolo Universidade Federal da Fronteira Sul Campus Erechim
  • Suéllen Tonatto Ferrazo Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Rafael de Souza Tímbola Universidade de Passo Fundo
  • Pedro Domingos Marques Prietto
  • Eduardo Pavan Korf Universidade Federal da Fronteira Sul

Resumo

A exposição de materiais geotécnicos à lixiviados ácidos pode afetar sua estrutura e comprometer sua funcionalidade. Por conta disso, torna-se importante compreender o comportamento de geomateriais quando expostos à ambientes agressivos, como o contato com soluções ácidas, orgânicas ou de sulfatos. Na literatura, encontram-se muitos estudos relacionados às alterações físico-químicas e de comportamento hidráulico de variadas misturas de materiais geotécnicos quando expostos à ação dos mais diversos tipos de contaminantes. Entretanto, ainda existem questões a serem resolvidas, especialmente relacionadas as alterações resultantes do ataque ácido nas propriedades das partículas destes materiais, em seu estado puro. Sendo assim, este estudo teve por objetivo avaliar as alterações das propriedades químicas e mineralógicas das partículas de Areia Fina Quartzona Uniforme (AFO), Solo Residual de Basalto (SRB), Caulim (CAU) e Bentonita (BEN), expostos a ácido sulfúrico. Foram realizados ensaios de batelada com a imersão de cada material, em soluções de ácido sulfúrico, nas concentrações de 0,00 mol/L, 0,01 mol/L e 1,00 mol/L e após, as amostras foram avaliadas por fluorescência de raios X (FRX), difração de raios X (DRX) e termogravimetria com calorimetria exploratória diferencial (TG/DSC). O ataque ácido pelo contato com a solução de 1,00 mol/L provocou significativas reduções dos teores dos principais óxidos constituintes dos geomateriais, mas de forma menos expressiva na AFO. No SRB ocorreu a formação de microclínio, coquimbita, pirofilita e alunogen, perda de hematita e anatásio e perda de massa de 49,55%. No CAU identificou-se a formação de alunogen e perda de massa de 29,63%. Na BEN verificou-se a perda de calcita e hidrobiotita e perda de massa de 30,47%.

Biografia do Autor

Suéllen Tonatto Ferrazo, Universidade Federal da Fronteira Sul

Mestranda em Ciência e Tecnologia Ambiental pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental (PPGCTA), Universidade Federal da Fronteira Sul, campus Erechim.

Rafael de Souza Tímbola, Universidade de Passo Fundo

Doutorando em Engenharia pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil e Ambiental (PPGEng), Universidade de Passo Fundo.

Pedro Domingos Marques Prietto

Doutor em Engenharia Civil. Professor dos cursos de Graduação em Engenharia Civil e Engenharia Ambiental, e no Programa de Pós-Graduação em Engenharia (Mestrado), Universidade de Passo Fundo.

Eduardo Pavan Korf, Universidade Federal da Fronteira Sul

Doutor em Engenharia Civil. Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental (PPGCTA) e curso de Engenharia Ambiental. Universidade Federal da Fronteira Sul.

Publicado
17-09-2018