ESTUDO NUMÉRICO DA INFLUÊNCIA DA ESPESSURA DA JUNTA DE ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO DE PRISMAS E PEQUENAS PAREDES NA RESISTÊNCIA MECÂNICA DE ALVENARIA ESTRUTURAL

  • Giovani Jordi Bruschi Universidade Regional Integrada e das Missões - URI Campus Erechim
  • Paulo Roberto Dutra Universidade Regional Integrada e das Missões - URI Campus Erechim
  • Gilson Francisco Paz Soares Universidade Regional Integrada e das Missões - URI Campus Erechim

Resumen

Concebida no período pré-histórico, a alvenaria tem sido utilizada em larga escala desde seus primórdios, sendo - possivelmente - o material composto mais utilizado em edificações contemporâneas e de outrora. A alvenaria estrutural pode ser constituída por tijolos de barro, inicialmente de baixa resistência, ou de pedra, e, configurado até o presente predominantemente de projetos empíricos. Nos últimos cinquenta anos, todavia, observa-se que pesquisas de cunho científico, alusivas à resistência à compressão, propriedade mais relevante para alvenaria estrutural, vêm sendo desenvolvidas. O bloco possui influência direta e predominante na resistência à compressão, e faz-se necessário que o mesmo possua uma capacidade resistiva para que ele possa protagonizar o engendramento de uma estrutura em uma construção. Fato posto, este projeto visa verificar numericamente, através do Método dos Elementos Finitos (MEF) e com auxílio do programa ANSYS© Estrutural, qual o grau de influência que a espessura da junta de argamassa, de assentamento de um determinado tipo de bloco cerâmico utilizado na construção de alvenaria estrutural, exerce na resistência mecânica à compressão desta alvenaria. A  fase preliminar alvejou a modelagem dos parâmetros tridimensionais e numéricos, sendo que, as espessuras de argamassa utilizadas nos procedimentos foram aludidas a três parâmetros. O primeiro referenciou padrões que se encontram abaixo dos especificados pela norma, sendo esses, 2 mm e 5 mm. O segundo critério caracterizou-se pelo regimento outorgado na normativa, 7 mm, 10 mm e 13 mm. Por conseguinte, o último preceito avaliou espessuras de 17 mm e 25 mm, essas, acima dos limites  regulamentados. A partir da finalização deste estágio, fica claro que um estudo mais profundo faz-se necessário à interpretação e entendimento dos modelos estruturados. Sendo assim, no próximo passo,os modelos deformados e suas tensões de von Mises média de todos os nós foram analisados para prismas de dois e três blocos. A solução e os resultados compreendem os dois últimos passos da simulação. Nesta etapa é possível analisar o modelo deformado e suas tensões, ocasionadas pela carga aplicada no prisma. Desta forma, pode-se verificar a influência local e global da espessura da argamassa na distribuição de tensões do prisma. A  fase preliminar alvejou a modelagem dos parâmetros tridimensionais e numéricos. Na segunda fase visou-se o carregamento, bem como a análise das tensões nos prismas de dois e três blocos. Estas etapas foram concluídas com êxito e não houveram problemas em suas execuções. Após aplicação de carga de compressão nos modelos, os resultados apontam para as seguintes conclusões prévias: Os modelos estão bem implementados no que se refere as suas geometrias, carregamentos, condições de contorno e malhas; É possível obter, através dos testes computacionais, os parâmetros de análise, ou seja, tensões de compressão média no prisma, no bloco isolado, em uma face e em toda a camada de argamassa; Através desta análise, será possível entender de que forma a espesssura da argamassa de assentamento influencia no comportamento mecânico do bloco inteiro e de seus componentes

Biografía del autor/a

Giovani Jordi Bruschi, Universidade Regional Integrada e das Missões - URI Campus Erechim

Acadêmico de Engenharia Civil

Departamento de Engenharias e Ciência da Computação

URI - Campus de Erechim

Paulo Roberto Dutra, Universidade Regional Integrada e das Missões - URI Campus Erechim

Acadêmico de Engenharia Civil

Departamento de Engenharias e Ciência da Computação

URI - Campus de Erechim

Gilson Francisco Paz Soares, Universidade Regional Integrada e das Missões - URI Campus Erechim
Graduado em Engenharia Civil - UFSM
Doutor em Engenharia - Área de Mecânica dos Sólidos - UFRGS
Coordenador do Curso de Engenharia Civil
Departamento de Engenharias e Ciência da Computação
URI - Campus de Erechim

Citas

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15812:2: Alvenaria estrutural – Blocos cerâmicos – Parte 2: Execução e controle de obras. Rio de Janeiro, 2010.

SANTOS, M. J. F. Análise da resistência de prismas e pequenas paredes de alvenaria estrutural cerâmica para diferentes tipos de argamassas. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) - Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2008.

Publicado
07-09-2017