DESINTOXIFICAÇÃO DE HIDROLISADO LIGNOCELULÓSICO VIA DESSORÇÃO EM AR SECO E ADSORÇÃO EM CARVÃO ATIVADO

Resumo

A produção de bioetanol apresenta-se como uma alternativa para suprir a demanda de energia e minimizar a liberação de gases de efeito estufa. Contudo, alguns problemas ainda são enfrentados para a consolidação deste processo, pois devido as abrasivas condições aplicadas durante o pré-tratamento e hidrólise da biomassa, compostos inibidores da fermentação, como o ácido acético, podem ser gerados. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi avaliar o processo de adsorção de ácido acético em carvão ativado microporoso e investigar a dessorção do mesmo componente em ar seco. Para o processo de adsorção, foram analisadas três concentrações de ácido acético (5, 10 e 20 %) por cinéticas e isotermas de adsorção (modelos de Langmuir e Freundlich). O modelo de Pseudo-segunda ordem mostrou melhores coeficientes de correlação quando comparado com o modelo de Pseudo-primeira ordem. O modelo de Langmuir para isotermas apresentou a melhor correlação com os resultados obtidos, sendo a capacidade máxima de adsorção de 128,66 mg/g com adsorção favorável (0.30). Para o processo de dessorção um aparato experimental foi construído para inserir ar seco na solução em estudo. Ácido acético 10% foi a solução considerada, sendo esta submetida à cinética de dessorção por 30 horas nas temperaturas 20, 40 e 60 ^oC. Os resultados mostraram que a temperatura é determinante no processo, aumentando a evaporação de ácido acético em 2,14 e 6,22 vezes para 40 e 60 ^oC quando comparado com 20 ^oC.