BIOHERBICIDAS PARA CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS DAS CULTURAS DE VERÃO
Palavras-chave:
Plantas daninhas, Culturas de Lavoura, Bioherbicida, Patógenos.Resumo
As plantas daninhas provocam diversos prejuízos nas áreas agrícolas, principalmente por reduzirem a produtividade e provocarem perdas na qualidade dos grãos. Os agrotóxicos trazem diversos prejuízos ao ambiente e ao ser humano, além de acarretar na elevação da resistência de insetos-praga, fungos fitopatogênicos e plantas daninhas. Diante desse fato, existe uma necessidade crescente de descobrir moléculas novas capazes de controlar a presença de plantas daninhas em áreas cultivadas. Neste sentido, o controle biológico a partir do uso de fungos patogênicos ou de plantas vem despertando o interesse de pesquisadores. Tendo em vista, a necessidade de utilizar técnicas que favoreçam o desenvolvimento sustentável dos sistemas agrícolas. Nesta perspectiva, o presente projeto possui como objetivo principal prospectar e avaliar microrganismos com uso potencial para formulação de bioherbicidas. Para tanto, serão realizadas coletas sistemáticas de plantas daninhas infectadas, exibindo sintomas típicos de enfermidades, em áreas de cultivo de culturas de verão. Estas coletas ocorrerão na região do Alto Uruguai Gaúcho, no período de primavera/verão de 2015/2016. O isolamento dos micro-organismos a partir das amostras de plantas coletadas será realizado em placas de Petri contendo meio de cultura Batata Dextrose Ágar (BDA) e incubadas a 28°C por 7 dias no escuro. O screening inicial visará identificar as culturas puras com capacidade de inibição do desenvolvimento de plântulas diante dos microrganismos isolados. Os bioensaios serão conduzidos em casa de vegetação, no qual serão utilizadas culturas de verão como plantas testes Phaseolus vulgaris (feijão); Zea mays (milho), Glycine max (soja) e de inverno como Triticum aestivum (trigo), além destas serão aplicados os isolados e seus extratos sobre as plantas daninhas escolhidas Bidens pilosa (picão-preto), Euphorbia heterophylla (leiteiro), Digitaria spp. (milhã), Brachiaria plantaginea (papuã) e Conyza spp. (buva). Será utilizado o delineamento inteiramente casualizado (DIC) com 15 repetições para cada tratamento, com testemunha. Serão avaliados os seguintes fatores de desenvolvimento: i) altura da planta; ii) comprimento da raiz; iii) massa fresca da parte aérea e da raiz; iv) massa seca da parte aérea e da raiz. Os tratamentos serão analisados quanto aos efeitos na haste e no sistema radicular das plantas, serão atribuídos “ - ” para efeito de inibição (entre 0 e 0,95), “ N ” para efeito nulo ou não significativo (entre 0,95 e 1,05) e “ + ” efeito de crescimento (maior que 1,05). As análises realizadas e posteriormente serão submetidos ao teste F de análise da variância e teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade de erro para comparar as médias.Referências
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