O PODER NA SOCIEDADE EM REDE E O CIBERATIVISMO COMO INSTRUMENTO DE MODIFICAÇÃO SOCIAL DOS ATORES NÃO-ESTATAIS

  • Ivan Barbiero Filho UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ
  • Eduardo Baldissera Carvalho Salles UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ
  • Isadora Kauana Lazaretti Universidade Comunitária da Região de Chapecó (UNOCHAPECÓ)
  • Naína Ariana Souza Tumelero Universidade Comunitária da Região de Chapecó (UNOCHAPECÓ)
  • Giovanni Olsson Universidade Comunitária da Região de Chapecó (UNOCHAPECÓ)
Palavras-chave: Sociedade em Rede, Atores Não-Estatais, Movimentos Sociais, Poder, Ciberativismo.

Resumo

O presente artigo tem por objetivo investigar o poder dos movimentos sociais como atores não-estatais emergentes na sociedade em rede e estudar o conceito de ciberativismo. Para isso, propedeuticamente, analisa-se os atores estatais e não-estatais clássicos e define-se os movimentos sociais como atores emergentes. Além disso, estuda-se os contornos científicos do surgimento da sociedade em rede e sua conexão com o ciberativismo.

A importância do tema e sua escolha enquanto problema de investigação relaciona-se com a atualidade da temática e sua relevância para a ciência das Relações Internacionais e para questões econômicas, políticas, sociais e culturais que ocorrem na ordem internacional.

Compreender até que ponto  a sociedade em rede modificou os movimentos sociais e sua práxis no contexto atual, utilizando-se da internet como ferramenta de poder para sua [re]configuração, organização e autogestão é o objetivo desse trabalho.

O presente trabalho, utilizando-se do método qualitativo, baseia-se no estudo de pressupostos teóricos, pela análise e técnica bibliográfica. Como principal instrumento da presente pesquisa, utiliza-se a pesquisa documental.

Dessa forma, conclui-se que é evidente a modificação que a sociedade em rede produziu em atores emergentes, tais como os movimentos sociais, concedendo-lhes um espaço de diálogo muito maior e mais rápido. Observa-se que os movimentos nas redes, de um lado, não podem ser tomados como equivalentes do protagonismo dos Estados Nacionais, ainda fortes atores globais, mas, de outro lado, não podem ser ignorados diante da sua crescente e articulada ascensão de protagonismo na sociedade em rede globalizada informacional.

Mais do que isso, por meio de ferramentas tais como o ciberativismo, esses emergentes atores influem no contexto global, ressignificam valores e modificam os espaços públicos e privados sem necessidade de uma estrutura hierarquizada, vertical ou burocrática. Com essa configuração plástica e dinâmica, progressivamente redefinem seu crescente poder na sociedade contemporânea.

 

Biografia do Autor

Ivan Barbiero Filho, UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ
Graduando em Direito pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó (UNOCHAPECÓ). Bolsista PIBIC/UNOCHAPECÓ. Estagiário do Departamento Jurídico da Caixa Econômica Federal em Chapecó (SC). Pesquisador com experiência na área de Direito, com ênfase em Teoria do Direito e Filosofia do Direito.
Eduardo Baldissera Carvalho Salles, UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ
Mestrando em Direito pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó (UNOCHAPECÓ). Bolsista PROSUP/CAPES. Especializando em Direito Público pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MINAS). Graduando em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). Graduado em Direito pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó (UNOCHAPECÓ). Advogado.
Isadora Kauana Lazaretti, Universidade Comunitária da Região de Chapecó (UNOCHAPECÓ)
Mestranda em Direito pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó (UNOCHAPECÓ). Especializanda em Direito Civil e Processual Civil pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó (UNOCHAPECÓ). Graduada em Direito pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó (UNOCHAPECÓ). Advogada.
Naína Ariana Souza Tumelero, Universidade Comunitária da Região de Chapecó (UNOCHAPECÓ)
Graduanda em Direito pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó (UNOCHAPECÓ). Bolsista UNIEDU/UNOCHAPECÓ. Já atuou como bolsista de extensão no Serviço de Mediação Familiar, Mediação Escolar: em busca da paz possível, Programa de Educação Superior para o Desenvolvimento Regional (PROESDE) e Projeto Rondon. Foi voluntária na AIESEC em Chapecó no período compreendido entre 03-2012 e 12-2014, tendo realizado dois intercâmbios sociais voluntários nos países Peru e Argentina. Atualmente desenvolve pesquisa nos temas: Relações Internacionais, Teoria do Estado, Globalização, Poder e Direitos Humanos. Pesquisadora com expediência na área de Direito, com ênfase em Relações Internacionais, Teoria do Estado, Poder e Globalização.
Giovanni Olsson, Universidade Comunitária da Região de Chapecó (UNOCHAPECÓ)
Doutor em Direito (UFSC, 2006). Mestre em Direito (UFSC, 2001). Especialista em Direito (1994 e 1995). Graduado em Ciências Sociais e Jurídicas (UFRGS, 1993). Juiz Titular de Vara do Trabalho (TRT 12a Região – SC). Membro do Conselho Consultivo e Assessor da Direção da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (ENAMAT/TST), responsável pela Coordenação dos Cursos de Formação. Pesquisador estagiário no IUE (Italia, 2005). Professor Titular do Programa de Mestrado em Direito da UNOCHAPECÓ (SC). Desenvolve pesquisas nos seguintes temas: cidadania, educação para o trabalho, formação profissional, metodologia do ensino e da pesquisa, atores internacionais, globalização, poder, saber, relações internacionais, direitos humanos e governança global.

Referências

CASTELLS, Manuel. Redes de indignação e esperança: movimentos sociais na era da internet; tradução Carlos Alberto Medeiros. 1ª ed. Rio de Janeiro. Zahar, 2013.

COHN, Maria da Glória. Teorias dos Movimentos Sociais na Contemporaneidade. In: COHN, Maria da Glória; BRINGEL, Breno M. Movimentos Sociais na Era Global. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2012. Cap. 1. p. 19-36.

NASCIMENTO, Sílvia Ramos Bezerra. Ciberativismo: a política em tempos de internet. 2015. Tese (Doutorado em Interfaces Sociais da Comunicação) - Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27154/tde-01062015-163612/>. Acesso em: 2016-06-16.

OLIVEIRA, Odete Maria de. Relações internacionais, direito e poder – cenários e protagonismos dos atores não estatais. v. I, Ijuí: ed. Unijuí, 2014.

OLSSON, Giovanni. O Poder político no espaço global: O Protagonismo dos Atores Estatais e Não Estatais. In: OLIVEIRA, Odete M. Relações internacionais, direito e poder – cenários e protagonismos dos atores não estatais. v. I, Ijuí: ed. Unijuí, 2014.

VEGH, S. Classifying forms of online acvtivism: the case of cyberprotest against the World Bank. In: MCCAUGHEY, Martha; AYERS, Michael D. Cyberactivism: online activism in theory and practice. New York: Routledge, 2003.

Publicado
05-09-2016