ABORDAGEM FARMACOLÓGICA DO DIABETES TIPO 2 E HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

Autores

  • Patricia Aline Vivian Universidade Federal Fronteira

Palavras-chave:

diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial sistêmica, alterações e abordagens das doenças.

Resumo

Introdução

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) e a diabetes mellitus tipo 2 (DM2) são doenças altamente prevalentes e representam um sério problema de saúde pública, em decorrência das suas complicações crônicas.

De acordo com International Diabetes Federation (2014), dentre as doenças crônicas, o diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e a hipertensão arterial sistêmica (HAS) são as mais comuns, cujo tratamento e controle exigem alterações de comportamento em relação à dieta, ingestão de medicamentos e o estilo de vida. Uma epidemia de diabetes mellitus tipo 2 (DM2) está em curso. No Brasil e no mundo, diabetes é um grave problema de saúde pública, o Brasil encontra-se em quarto lugar no mundo em relação à prevalência desta doença.

De acordo com Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (2014) em 1985, estimava-se haver 30 milhões de adultos com diabetes (DM) no mundo, esse número cresceu para 135 milhões em 1995, atingindo 173 milhões em 2002, com projeção de chegar a 300 milhões em 2030. DM2 é uma síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos. O tratamento da hipertensão arterial sistêmica é particularmente importante nos pacientes diabéticos.

No Brasil, os dados mais recentes mostram que 22,7% dos adultos possuem HAS, enquanto diabetes mellitus (DM) atinge 5,6% correlaciona a World Health Organization (2012). A HAS é uma doença de natureza multissistêmica e associa-se frequentemente a alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo (coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos) e a alterações metabólicas, com consequente aumento do risco de eventos cardiovasculares.

É necessário, portanto, que os serviços de saúde orientem melhor os portadores de doenças crônicas como DM2 e HAS para adesão aos fatores modificáveis de seu estilo de vida para uma melhor qualidade de vida.

 

Objetivo

Este artigo visa identificar o perfil epidemiológico do DM2, HAS e abordagens.

Metodologia

Foi realizado uma revisão bibliográfica de artigos nos bancos de dados da Scielo, Pubmed, Periódicos da CAPES e LILACS. Ao finalizar as pesquisas em cada base, as referências duplicadas foram excluídas. Foram selecionados artigos publicados com teor de relevância sobre o tema sem especificação do ano. Foram incluídos artigos escritos em inglês e português. Há problemas e diferenças nos processos de indexação nas bases de dados bibliográficas; portanto, optou-se pela busca por termos livres, sem o uso de vocabulário controlado (descritores). Em relação aos critérios de inclusão e exclusão, foram incluídos todos os artigos originais indexados e excluídos os artigos referentes à diabetes mellitus tipo 1.

 

Resultados e Discussão

Após a análise da revisão bibliográfica, pode-se constatar que, se estas doenças forem diagnosticadas precocemente, as chances de complicações mais graves diminuem, e  frequentemente a hipertensão primária é uma condição pré-existente no diabetes melittus tipo 2.

O diagnóstico realizado precocemente no paciente portador de DM2 e HAS minimizam as chances de complicações. Verificou-se ainda que, em pacientes adultos, conforme a idade aumenta elevam-se também os valores de HAS e de DM2, necessitando assim de um tratamento individualizado.

Percebe-se que a intervenção ideal dessas doenças é a prevenção. Ela pode ser obtida, pelo menos parcialmente, a partir de programas de saúde dirigidos às populações com maior risco (indivíduos com sobrepeso e obesidade, em especial), que estimulem a atividade física e a redução de peso corporal. As modificações no consumo alimentar da população brasileira, baixa freqüência de alimentos ricos em fibras, aumento da proporção de gorduras saturadas e açúcares da dieta  associadas a um estilo de vida sedentário, compõem um dos principais fatores etiológicos da obesidade, DM2 e outras doenças crônicas.

A educação em saúde, enquanto medida de prevenção ou retardo das doenças, é uma ferramenta importante para a redução de custos para os serviços de saúde.

Conclusão

Pode- se concluir que, a quase totalidade dos óbitos é evitável e depende, na maioria das vezes, da qualidade da assistência prestada, da organização da rede de serviços de saúde e principalmente, da compreensão do paciente em utilizar a medicação de forma adequada e de priorizar hábitos de vida saudável.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (2016),  Programas de prevenção primária do diabetes vêm sendo desenvolvidos em diversos países, cujos resultados demonstram um impacto positivo sobre a qualidade de vida da população. O Sistema único de Saúde (SUS) também garante o diagnóstico e o tratamento nas unidades de saúde, desde o recebimento da medicação, o acompanhamento de seu uso e a avaliação dos resultados.

O DM2 e a HAS possuem causas multifatoriais. O tratamento destas enfermidades envolvem a utilização de fármacos específicos e a modificação do estilo de vida associada a uma alimentação saudável e a prática de exercícios físicos.

Mediante à alta prevalência destas patologias descritas, acredita-se que a construção de uma base de dados se faz necessária, e esta deverá conter informações a respeito das adequadas condutas farmacológicas. Essa base de dados é útil tanto para orientar profissionais da área de saúde, bem como, para minimizar dificuldades de adesão ao tratamento dos portadores através de informações. Ressalta-se que, o levantamento bibliográfico sobre a implantação de uma Base de Informações Epidemiológica (BINEPI) está sendo realizado, juntamente com a construção de um protótipo.

Biografia do Autor

  • Patricia Aline Vivian, Universidade Federal Fronteira

    Acadêmica da sétima fase do curso de Medicina da Universidade Federal Fronteira Sul (UFFS), Passo Fundo, RS. Bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul – FAPERGS. Possui Pós Graduação em Toxicologia Aplicada - UNOCHAPECÓ. Graduação (Bacharelado e Licenciatura) em Ciências Biológicas pela Universidade Comunitária Regional de Chapecó - UNOCHAPECÓ (2003). Última experiência profissional, Bióloga, Estado de Santa Catarina, Secretaria de Estado da Saúde.

Referências

Referências Bibliográficas

Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes: 2013-2014/Sociedade Brasileira de Diabetes; [organização José Egidio Paulo de Oliveira, Sérgio Vencio]. São Paulo: AC Farmacêutica, 2014.

International Diabetes Federation. IDF Diabetes Atlas Sixth Edition Poster Update. Bruxelas, Bélgica; 2014.

Sociedade Brasileira de Cardiologia, Sociedade Brasileira de Hipertensão, Sociedade Brasileira de Nefrologia. V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. Arq Bras Cardiol 2006; 1-48.

World Health Organization. Issues of communication and risk. World Health Report from no communicable diseases & mental health (NMH) communications. Geneva: Organization; 2012.

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Publicado

26-09-2016