A GUERRILHA DO ARAGUAIA: A LUTA ARMADA NO CAMPO E SUAS CONSEQUÊNCIAS HISTÓRICAS.

  • JEFERSON KAPPES UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL
Palavras-chave: GUERRILHA, ARAGUAIA, RESISTÊNCIA, DITADURA

Resumo

INTRODUÇÃO:

O presente trabalho busca ampliar a discussão sobre a guerrilha do Araguaia, em um recorte que compreende a luta armada no campo, seus desdobramentos e consequências no Brasil durante ditadura militar (1964-1985). A discussão apresenta temas como “suicídio revolucionário”, ocultação de “fatos e cadáveres”, tortura de guerrilheiros e população local, “foquismo ou maoísmo”. Outros fatores, não menos importantes, como a negação da existência da guerrilha por parte das forças armadas, a censura midiática, a distância dos grandes centros.

OBJETIVO:

Compreender e analisar a guerrilha do Araguaia no viés de conflito encampado no campo (rural), conflito este, que teve duração de mais de cinco (5) anos, mobilizando um imenso deslocamento de tropas, foram cerca de dez mil efetivos militares, divididos entre Marinha, Aeronáutica e Exército.

METODOLOGIA:

Discussão oral sobre a pesquisa apresentando os principais fatores pode-se usar recursos visuais, exposição de livros usados na pesquisa, entre outras formas que possam auxiliar na qualificação e elucidação do tema pesquisado.

 

 

RESULTADOS E DISCUSSÃO:

Um fato que possivelmente teve uma importância crucial é que o PCdoB se resguardou da guerrilha urbana, no período que compre o assunto as guerrilhas urbanas estavam em declínio e quase extintas: “Por volta de 1971, às organizações de confronto violento com a ditadura entraram na fase terminal de extinção...” (Gorender, 1987, p.14). Em suma pode ser analisado que não houve uma unificação da esquerda, as lutas urbanas tinham enormes fragmentações:

“Todavia, o fato de todas as esquerdas agirem de maneira completamente desligada umas das outras e num abandono teórico pulsante – com uma pesada carga estratégica legada pelo seu passado recente – faz de suas derrotas um processo de dupla falência: sua falência física, a saber, o desmantelamento da esquerda pela opressão; e sua falência teórica, impossibilitando a apreensão da realidade imediata para uma prospecção resoluta” (Rezende, 2010, p.235).

JUSTIFICATIVA:

A falta de trabalhos acadêmicos destinados a tal episódio requeira um resgate do assunto, o maior deslocamento de tropas militares do Brasil após a guerra do Paraguai (cerca de 10 mil homens), isso credencia a guerrilha como um fato de guerra isolada, pois a mesma se deu no campo, nos entornos do rio Araguaia, no sul do Pará.

 

Biografia do Autor

JEFERSON KAPPES, UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL

UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL.

CAMPUS: CHAPECÓ-SC.

CURSO: CIÊNCIAS SOCIAIS

NOME: JEFERSON KAPPES.

Referências

REFERÊNCIAS:

GORENDER, Jacob. COMBATE NAS TREVAS, A ESQUERDA BRASILEIRA: DAS ILUSÕES PERDIDAS À LUTA ARMADA. 2º edição. Vol 3. Editora Ática S.A. São Paulo. 1987.

POMAR, Vladimir. Araguaia: o partido e a guerrilha. Coleção Brasil Estudos, nº 2. São Paulo. Ed. Brasil Debates, 1980.

Rezende, de. C. Claudinei. Suicídio revolucionário: a luta armada e a herança da quimérica revolução em etapas. São Paulo. Editora UNESP. Cultura Acadêmica, 2010.

Ridenti, Marcelo. O fantasma da revolução Brasileira. 1º reimpressão. São Paulo. Editora UNESP. 1993.

Publicado
05-09-2016