ESTUDO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE EXTRATOS DE PLANTAS MEDICINAIS USADAS EM REALEZA/PR

  • Camila Pesenato Magrin Universidade Federal da Fronteira Sul - Realeza
  • Fernanda Oliveira Lima Universidade Federal da Fronteira Sul - Realeza
Palavras-chave: Fitoterapia, Espectrometria, Compostos Fenólicos Totais, Flavonoides Totais.

Resumo

As plantas medicinais têm desempenhado papel fundamental na saúde mundial. Visando o alto consumo destas em nossa região, selecionamos 10 plantas, as quais analisamos os compostos fenólicos totais e os flavonoides totais. Os compostos fenólicos constituem-se por um grupo de metabólitos secundários, amplamente distribuídos no reino vegetal, que apresentam propriedades anti-inflamatórias, antibacterianas, antivirais, antialérgicas e antitumorais, além de possuírem propriedades antioxidantes (PIETTA, 2000; SIMÕES et al., 2004; HAVSTEEN, 2002; VALKO et al., 2007). Analisamos também o consumo do radical livre DPPH pelas amostras, determinando assim a atividade antioxidante das mesmas. Mesmo presentes em baixas concentrações em relação ao substrato oxidante, os antioxidantes podem atrasar ou inibir as taxas de oxidação dos radicais livres (BIANCHI; ANTUNES, 1999). Utilizamos três diferentes extratos: aquoso, etanólico e hidroetanólico. Para as análises de fenóis utilizamos uma curva padrão de ácido gálico, sendo que a planta que apresentou maior teor médio do analito foi a Camomila e a planta que menos apresentou foi o Gengibre. Para as análises de flavonoides utilizamos uma curva padrão de rutina, sendo que a planta que apresentou o maior teor médio do analito foi a Hortelã e a planta que apresentou o menor teor médio do analito foi o Gengibre (não apresentou flavonoides totais). A planta com maior percentual médio de atividade antioxidante foi a Tanchagem, sendo que a que apresentou menor percentual médio de atividade antioxidante foi o Gengibre. Com estes dados é possível uma melhor utilização destas plantas, para seus devidos fins, principalmente no combate a radicais livres presentes em nosso organismo. Essa atividade contribui para o início da classificação e determinação da atividade antioxidante de extratos de plantas medicinais usadas popularmente em nossa região.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica. A fitoterapia no SUS e o Programa de Pesquisa de Plantas Medicinais da Central de Medicamentos/Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Assistência Farmacêutica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2006

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Publicado
28-09-2016