MORFODINÂMICA E FRAGILIDADE AMBIENTAL EM ENCOSTAS DO PLANALTO DISSECADO DO RIO URUGUAI: ESTUDO DE CASO DO MUNICÍPIO DE MARCELINO RAMOS/RS

Autores

  • Rafael Marchesan UFFS Campus Erechim
  • José Mário Leal Martins Costa

Palavras-chave:

Fragilidade Ambiental. Marcelino Ramos. Morfodinâmica. Vales dissecados

Resumo

O município de Marcelino Ramos (RS), localizado na Unidade Geomorfológica do Planalto Dissecado Rio Iguaçu–Uruguai, apresenta relevo fortemente dissecado, com topos planos, encostas íngremes e vales profundos, desenvolvidos sobre rochas basálticas da Formação Serra Geral. A ocupação urbana e turística, intensificada a partir da exploração do balneário termal nos anos 1970, concentrou-se em áreas próximas ao Rio Uruguai, onde a pressão imobiliária e o uso inadequado do solo aumentaram a vulnerabilidade ambiental.

A pesquisa buscou compreender os processos morfogenéticos e identificar áreas suscetíveis a movimentos de massa, especialmente após eventos de chuvas intensas em 2023 e 2024. Foram utilizados mapeamentos no QGIS (curvas de nível, hidrografia, uso do solo e declividade a partir de SRTM) e trabalhos de campo em 2024 e 2025. A classificação de declividades revelou setores críticos, e quatro pontos de risco foram identificados, relacionados a intervenções antrópicas como abertura de estradas, cortes de talude, construções em áreas inclinadas e supressão da vegetação.

Os resultados apontam que os processos de instabilidade são majoritariamente induzidos pela ação humana, agravando a fragilidade natural do relevo. Conclui-se que a ocupação desordenada, aliada à elevada declividade e solos rasos, expõe a população a riscos de deslizamentos, demandando planejamento urbano e medidas de mitigação.

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Publicado

06-10-2025

Edição

Seção

Ciências Exatas e da Terra - Campus Erechim