CONSEQUÊNCIAS DO TABAGISMO E ALCOOLISMO NA GESTAÇÃO PARA CRIANÇAS DE ATÉ DOIS ANOS DE IDADE ACOMPANHADAS EM UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE DE PASSO FUNDO - RS

Autores

  • Carine Elizabeth de Oliveira Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Isabel Benevides Frossard
  • Jéssica Boufleur
  • Shana Ginar da Silva
  • Renata dos Santos Rabello

Palavras-chave:

Tabagismo, Consumo de bebidas alcoólicas, Cuidado Pré-Natal, saúde materno-infantil, Atenção Primária a Saúde

Resumo

O tabagismo e o uso de álcool durante a gestação configuram importantes problemas de saúde pública, devido aos riscos potenciais para a mãe e para o desenvolvimento fetal. Este estudo transversal, quantitativo e analítico, realizado entre dezembro de 2022 e dezembro de 2024 em cinco Unidades Básicas de Saúde de Passo Fundo (RS), teve como objetivo identificar a prevalência dessas práticas entre gestantes e analisar seus desfechos materno-fetais. A amostra incluiu 378 mulheres com filhos de até dois anos em acompanhamento de puericultura no Sistema Único de Saúde. Os resultados mostraram prevalência de 10,5% para tabagismo e 3,7% para consumo de álcool durante a gestação. O tabagismo apresentou associação significativa com baixo peso ao nascer (p=0,001), com recém-nascidos de mães tabagistas apresentando 3,1 vezes mais chances de nascerem com peso inferior a 2.500 g. Não foram observadas associações estatisticamente significativas entre o consumo de álcool e os desfechos analisados, possivelmente em razão da baixa frequência relatada. Conclui-se que o tabagismo na gestação permanece como fator de risco relevante para baixo peso ao nascer, reforçando a necessidade de políticas públicas voltadas à educação em saúde, planejamento familiar e ampliação de estudos que investiguem os efeitos do consumo de substâncias psicoativas durante a gravidez.

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Publicado

06-10-2025

Edição

Seção

Ciências da Saúde - Campus Passo Fundo