ESTUDO DE TRATAMENTO DE ÁGUAS PELA ADSORÇÃO DE GLIFOSATO E AMPA

Autores

  • Miqueias Castro Silva UFFS
  • Jéssica Piovesan Bertolo UFFS
  • Janaina Silva Sarzi UFFS
  • Manuela Gomes Cardoso UFFS
  • Liziara da Costa Cabrera UFFS

Palavras-chave:

Cromatografia, Herbicida, Saúde humana, Meio Ambiente, Resíduos

Resumo

A contaminação hídrica por agrotóxicos é um problema global, com destaque para o glifosato e seu metabólito AMPA, devido à persistência ambiental e detecção frequente em mananciais. Este estudo teve como objetivo validar um método de Cromatografia Líquida de Alta Eficiência acoplada à Espectrometria de Massas (CLAE-EM) e avaliar a eficiência de diferentes materiais adsorventes na remoção desses compostos. Foram analisados dois adsorventes comerciais (zeólita e carvão ativado) e três resíduos industriais (areia de moldagem, escória de alto-forno e fumo particulado). Os materiais foram preparados por lavagem, secagem e moagem, quando necessário, e submetidos a ensaios de adsorção em diferentes condições de pH, dosagem e concentração inicial de glifosato. O fumo particulado apresentou desempenho superior, removendo até 100% do contaminante em concentrações de até 5 mg∙L⁻¹, com equilíbrio alcançado em cerca de 8 horas e capacidade máxima de adsorção de 5,39 mg∙g⁻¹. A dosagem de 1,25 g∙L⁻¹ mostrou-se adequada para atingir os limites de potabilidade com menor consumo de material. Em comparação, zeólita e areia exibiram baixa eficiência, enquanto carvão ativado e escória tiveram resultados intermediários. Conclui-se que resíduos industriais, sobretudo o fumo, representam alternativa sustentável e economicamente viável para descontaminação hídrica.

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Publicado

06-10-2025

Edição

Seção

Ciências Exatas e da Terra - Campus Cerro Largo