MAPEAMENTO DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA SOBRE AGROECOLOGIA E PROMOÇÃO DA SAÚDE EM CURSOS DA SAÚDE DE UNIVERSIDADES PÚBLICAS FEDERAIS NO RIO GRANDE DO SUL - RS
Palavras-chave:
Agroecologia; Promoção de saúde; Qualidade de vidaResumo
Introdução: O termo "promoção da saúde" ganhou destaque na década de 1970 e foi posteriormente formalizada pela Carta de Ottawa, em 1986, ressaltando a influência dos determinantes sociais sobre a saúde. A alimentação saudável foi reconhecida como um pilar central, e a agroecologia, enquanto movimento sociopolítico e prática sustentável, busca integrar saberes tradicionais, autonomia comunitária e preservação ambiental. Este estudo busca analisar a relação entre agroecologia e promoção da saúde nas produções científicas das universidades públicas do Rio Grande do Sul, visando fortalecer seu papel em políticas e práticas sustentáveis. Objetivo: Mapear e analisar a produção científica sobre agroecologia e promoção de saúde nos cursos da área da saúde das universidades federais do Rio Grande do Sul, entre os anos de 2012 e 2022, identificando quantidade e perfil das publicações, bem como atores sociais envolvidos em cada obra selecionada. Métodos: Trata-se de um estudo qualitativo, bibliográfico e documental, utilizando repositórios institucionais das sete universidades federais do estado. Foram incluídas monografias, dissertações e teses localizadas por meio das palavras-chave “Agroecologia”, “Promoção de saúde”, “Promoção da Saúde” e “Qualidade de vida”. Os trabalhos foram filtrados por relevância do tema, lidos integralmente e categorizados por instituição, ano, curso, tipo de obra, atores sociais e população abordada. Resultados: Dos 168 trabalhos inicialmente identificados, apenas 18 atenderam aos critérios de inclusão, sendo a maioria oriunda da UFRGS, UFSM e UFPEL. Predominaram estudos sobre qualidade de vida em diferentes contextos e faixas etárias. A agroecologia raramente apareceu de forma explícita, mas foi identificada indiretamente em temas como fitoterapia, valorização de saberes tradicionais, práticas integrativas e saúde de populações rurais. A maioria dos trabalhos não relacionou diretamente práticas agroecológicas aos determinantes de saúde, revelando uma lacuna acadêmica nas produções científicas do estado. Conclusão: Entre 2012 e 2022, poucos trabalhos das universidades federais do estado abordaram diretamente a relação entre agroecologia e promoção da saúde. Apesar da presença frequente de estudos sobre qualidade de vida e práticas integrativas, a agroecologia raramente aparece como foco central. Essa lacuna encontrada reforça a necessidade de novos estudos que visem a integrar de forma explícita saúde, sustentabilidade e segurança alimentar.
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