AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE DE BIOINSUMOS UTILIZANDO ANFÍBIOS COMO ANIMAL MODELO

Autores

  • Cristina Bridi Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Jenifer Eduarda Luterek
  • Me. Flavia B. Chagas
  • Dra. Aline Pompermaier
  • Dr. Paulo Afonso Hartmann
  • Dra. Marilia Hartmann

Palavras-chave:

Embriões, ecotoxicologia, bioinseticida

Resumo

O uso de agrotóxicos sintéticos, embora eficaz no controle de pragas, acarreta impactos ambientais e riscos à saúde. Os bioinsumos, como os biopesticidas, apresentam menor impacto e maior especificidade. Entre eles, Bacillus thuringiensis israelensis (Bti) é amplamente utilizado no controle de insetos vetores. Este estudo avaliou a toxicidade do bioinseticida VectoBac 12AS, à base de Bti, sobre embriões de Physalaemus gracilis, espécie bioindicadora. Desovas com menos de 24 h foram coletadas em ambiente não agricultável e mantidas em laboratório. Embriões nos estágios 18–21 de Gosner foram expostos por sete dias a cinco concentrações (1,5; 2,5; 5; 10; 15 µg/L) e a um controle. Avaliaram-se comprimento, massa corporal e malformações morfológicas. Observou-se aumento significativo no comprimento em quatro concentrações, sem diferenças na massa. Malformações foram mais frequentes nas concentrações de 5, 10 e 15 µg/L (80% dos indivíduos), contra 30% no controle, predominando alterações intestinais, seguidas por deformidades bucais, hemorragias e desvios na coluna. Conclui-se que, mesmo em baixas concentrações, o VectoBac 12AS pode causar efeitos subletais relevantes em P. gracilis, reforçando a necessidade de avaliações ecotoxicológicas antes de sua aplicação em ambientes naturais.

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Publicado

06-10-2025

Edição

Seção

Outros - Campus Erechim