ANÁLISE ESPACIAL PARA MONITORAMENTO E CONSERVAÇÃO DE FELÍDEOS NO PARQUE NACIONAL DO IGUAÇU

Autores

  • Andriel Gustavo Felichak Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS
  • Vania Cristina Foster Projeto onças do Iguaçu (Instituto Pró-Carnívoros)
  • Paulo Henrique Braz

Palavras-chave:

Ecologia; onça-pintada; onça parda; felinos selvagens; armadilhas fotográficas.

Resumo

O Parque Nacional do Iguaçu, maior remanescente contínuo de Mata Atlântica no Paraná, abriga seis espécies de felídeos raros e de difícil registro, como onça-pintada e onça-parda, cuja conservação depende da conectividade entre fragmentos florestais. Este estudo avaliou, por meio de 11 armadilhas fotográficas instaladas ao longo de 25 km² no Corredor do Rio Índio, em São Miguel do Iguaçu (PR), a diversidade de felídeos e de suas presas, visando subsidiar estratégias de conservação. As câmeras, ativas por três meses e totalizando 10.488 horas de monitoramento, registraram 420 eventos, sendo 289 de 21 espécies de mamíferos e 131 de 12 espécies de aves. Entre os felídeos, destacaram-se Panthera onca (4 registros), Puma concolor (1), Leopardus pardalis (9), Leopardus tigrinus (1) e Herpailurus yagouaroundi (1). Ainda, Pecari tajacu (130 registros) e Dasyprocta azarae (59) foram as presas mais abundantes, representando recursos-chave para grandes predadores. Também foram observados herbívoros de grande porte, carnívoros de médio porte e aves relevantes para a dinâmica ecológica. Os resultados indicam que o corredor funciona como rota de deslocamento e refúgio para predadores de topo e felídeos menores, sustentando uma teia alimentar diversificada e reduzindo riscos como isolamento genético, endogamia e extinção local, reforçando sua importância estratégica para a manutenção da biodiversidade e a necessidade de ações integradas de conservação.  

Downloads

Publicado

06-10-2025

Edição

Seção

Ciências Agrárias - Campus Realeza