ANÁLISE ESPACIAL PARA MONITORAMENTO E CONSERVAÇÃO DE FELÍDEOS NO PARQUE NACIONAL DO IGUAÇU
Palavras-chave:
Ecologia; onça-pintada; onça parda; felinos selvagens; armadilhas fotográficas.Resumo
O Parque Nacional do Iguaçu, maior remanescente contínuo de Mata Atlântica no Paraná, abriga seis espécies de felídeos raros e de difícil registro, como onça-pintada e onça-parda, cuja conservação depende da conectividade entre fragmentos florestais. Este estudo avaliou, por meio de 11 armadilhas fotográficas instaladas ao longo de 25 km² no Corredor do Rio Índio, em São Miguel do Iguaçu (PR), a diversidade de felídeos e de suas presas, visando subsidiar estratégias de conservação. As câmeras, ativas por três meses e totalizando 10.488 horas de monitoramento, registraram 420 eventos, sendo 289 de 21 espécies de mamíferos e 131 de 12 espécies de aves. Entre os felídeos, destacaram-se Panthera onca (4 registros), Puma concolor (1), Leopardus pardalis (9), Leopardus tigrinus (1) e Herpailurus yagouaroundi (1). Ainda, Pecari tajacu (130 registros) e Dasyprocta azarae (59) foram as presas mais abundantes, representando recursos-chave para grandes predadores. Também foram observados herbívoros de grande porte, carnívoros de médio porte e aves relevantes para a dinâmica ecológica. Os resultados indicam que o corredor funciona como rota de deslocamento e refúgio para predadores de topo e felídeos menores, sustentando uma teia alimentar diversificada e reduzindo riscos como isolamento genético, endogamia e extinção local, reforçando sua importância estratégica para a manutenção da biodiversidade e a necessidade de ações integradas de conservação.
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