IMPACTO ECOTOXICOLÓGICO DE NANOPLÁSTICOS SOBRE COLÊMBOLOS NO SOLO

Autores

  • Luana Nardi Universidade Federal da Fronteira Sul
  • André Peruchi Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Gustavo Piccolotto Da Roza Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Paulo Roger Lopes Alves Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Felipe Ogliari Bandeira Universidade Federal de Santa Catarina
  • William Gerson Matias Universidade Federal de Santa Catarina
  • Simone Zappe Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Gisele Orso Universidade Federal da Fronteira Sul

Palavras-chave:

Plásticos, Contaminantes Emergentes, Folsomia candida, Poliestireno

Resumo

A produção mundial de plásticos tem aumentado significativamente, gerando preocupação com a presença de seus fragmentos no ambiente, em especial dos microplásticos e nanoplásticos, que podem se acumular nos solos e afetar a fauna edáfica. Este estudo avaliou o impacto ecotoxicológico de nanoplásticos de poliestireno (NPPS) na reprodução de Folsomia candida em Neossolo Quartzarênico, seguindo as recomendações da ISO 11267 (2014). Os colêmbolos foram expostos em amostra de solo contendo 5 concentrações de NPPS (25, 50, 100, 200 e 400 mg/kg) e um tratamento controle, contendo apenas água destilada. As amostras de solo foram contaminadas via solução aquosa (plástico diluído em água destilada). Após a contaminação do solo, foram introduzidos dez organismos com idades sincronizadas em recipientes contendo 30 g de solo úmido, com cinco réplicas para cada tratamento. Ao final do ensaio, a maior concentração que não apresentou efeito significativo (NOEC) foi o tratamento controle (0 mg/kg), enquanto a menor concentração que causou efeito significativo (LOEC) foi de 25 mg/kg. Observou-se inibição completa da reprodução na concentração de 400 mg/kg, com um EC50 estimado de 73 mg/kg. Comparado aos dados da literatura, as concentrações de microplásticos encontradas são inferiores às de efeito significativo no estudo, indicando um risco baixo para os colêmbolos. Conclui-se que NPPS pode afetar os colêmbolos a partir de 25 mg/kg, embora as concentrações atuais no solo não causem toxicidade.

Downloads

Publicado

06-10-2025

Edição

Seção

Engenharias - Campus Chapecó