PREVALÊNCIA DE HIPERTRIGLICERIDEMIA EM ADULTOS ACOMPANHADOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Autores

  • Julia Helena Glesse UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL - PASSO FUNDO
  • Gustavo Sandri Mello
  • Maria Eduarda Caliari de Brum
  • Gustavo Olszanski Acrani
  • Ivana Loraine Lindemann
  • Rafael Kremer

Palavras-chave:

Atenção Básica, estudos transversais, saúde pública, transtornos do metabolismo dos lipídeos, triglicérides

Resumo

A hipertrigliceridemia (HTG), definida por triglicerídeos séricos ≥150 mg/dL, representa um significativo problema na atenção primária à saúde (APS) devido aos seus riscos cardiovasculares e metabólicos. Este estudo investigou a prevalência e a classificação da HTG, bem como as características associadas a essa condição, em adultos atendidos na atenção APS de Marau/RS, em 2019. A HTG foi categorizada em leve, moderada e grave. Sua prevalência foi analisada conforme variáveis sociodemográficas, comportamentais e clínicas, utilizando os testes exato de Fisher e qui-quadrado de Pearson, com intervalo de confiança de 95%. A análise de dados secundários de 325 adultos (20 a 59 anos) revelou uma prevalência de HTG de 35% (IC95% 30-41), sendo 15% leve e 20% moderada/grave. A população estudada era predominantemente feminina, com 40-59 anos, baixa escolaridade e alta taxa de inatividade física. Observou-se uma maior proporção de HTG moderada/grave em homens (27,8%;p=0,007), indivíduos com 40-59 anos (22,6%;p=0,027), etilistas (52,9%;p=0,006), obesos (30,1%;p=0,004), hipertensos (27,4%;p<0,001), diabéticos (47,5%;p<0,001) e com glicemia de jejum alterada (40,8%;p<0,001). Os resultados indicam uma alta prevalência de HTG na APS. Desse modo, estratégias de rastreamento e intervenção são indicadas para os grupos de risco, a fim de garantir a saúde cardiovascular e metabólica da população.

Downloads

Publicado

06-10-2025

Edição

Seção

Ciências da Saúde - Campus Passo Fundo