O ENVELHECIMENTO NO OESTE DE SANTA CATARINA

DADOS PARCIAIS DE UM ESTUDO DE BASE POPULACIONAL

Resumo

O envelhecimento da população no oeste de Santa Catarina, em especial na cidade de Chapecó, tem demandado um planejamento mais eficaz na saúde pública para atender às necessidades dessa faixa etária. Este subprojeto é parte do estudo "Inovações e tecnologias aplicadas à Gestão da Clínica e do Cuidado em Saúde Coletiva", que visa explorar os aspectos epidemiológicos do envelhecimento com enfoque na capacidade funcional (CF) dos idosos. O conceito de Envelhecimento Ativo (EA) e a preservação da CF são centrais para garantir qualidade de vida, com o estudo abordando também os desafios como comorbidades e dependências.

A pesquisa foi realizada em Chapecó, utilizando um desenho epidemiológico transversal de base populacional com abordagem quantitativa, abrangendo 97 idosos. As coletas de dados foram realizadas nas áreas de abrangência dos Centros de Saúde da Família (CSF), por meio de visitas domiciliares, com foco na aplicação de instrumentos para avaliação sociodemográfica, funcional e epidemiológica.

Os resultados parciais revelam que 57,73% dos participantes eram do sexo feminino, e 89,70% residiam em áreas urbanas. A faixa etária predominante foi de 60-69 anos (40,21%) e 70-79 anos (36,08%). A maioria dos idosos possuía escolaridade limitada, com 52,60% tendo apenas o ensino primário. No que tange à capacidade funcional, 82,48% dos idosos apresentaram independência nas atividades básicas da vida diária (ABVD), enquanto 69,07% mantinham independência nas atividades instrumentais (AIVD).

Esses achados reforçam a necessidade de intervenções voltadas para a promoção da saúde e a manutenção da independência funcional dos idosos, e indicam uma população predominantemente ativa. Contudo, limitações impostas pela pandemia impactaram na coleta e análise dos dados.

Palavras-chave: Idoso. Envelhecimento. Capacidade Funcional. Determinantes Sociais da Saúde. Saúde Coletiva