AVALIAÇÃO ESPAÇO TEMPORAL DA OCORRÊNCIA DE HIV/AIDS NO RIO GRANDE DO SUL NO PERÍODO DE 2018 A 2022
Resumo
O vírus da imunodeficiência humana, conhecido como HIV ainda persiste como um problema de saúde pública no país. A grave situação epidemiológica é sustentada por profundas desigualdades sociais e pela permanência de estigmas e preconceitos sobre o HIV/Aids. Analisar a distribuição espacial e temporal dos casos de HIV no Estado do Rio Grande do Sul no período de 2018 a 2022, e descrever a caracterização sociodemográfica dos casos. Trata-se de um estudo observacional, do tipo ecológico descritivo, de caráter exploratório, com abordagem quantitativa de dados secundários, realizado entre setembro de 2023 a agosto de 2024. A população do estudo foram os casos notificados de HIV no Estado do Rio Grande do Sul, divulgados e disponíveis no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Para o cálculo dos coeficientes de incidência, a população do estudo foi composta pelos casos notificados como casos novos no SINAN no Estado do Rio Grande do Sul, no período e as estimativas populacionais para cada ano do estudo extraídas da fonte de dados populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram calculadas as frequências absolutas e relativas das variáveis demográficas (sexo, raça/cor, faixa etária e escolaridade), utilizando planilhas eletrônicas. Foram notificados, no período estudado, 14.529 casos de HIV no Rio Grande do Sul. Observou-se uma redução nos casos notificados no período, com o ano de 2022 alcançando 2753 casos. Os municípios mais acometidos foram Porto Alegre (3181), Pelotas (547) e Canoas (453). Observou-se também uma redução da incidência do HIV ao longo do período estudado. A média da incidência no período alcançou 128,7 casos por 100.000 habitantes. A respeito da caracterização dos casos notificados de HIV no Rio Grande do Sul, no período de 2018 a 2022, observa-se que o perfil predominante são de indivíduos do sexo masculino (60,6%), etnia branca (70%), com 35 a 49 anos (39%) e ensino fundamental incompleto (37,6%). Os resultados obtidos são extremamente valiosos para a gestão da Rede de Saúde, contribuindo de maneira significativa para o planejamento estratégico e a identificação de áreas que exigem ações prioritárias.
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