INVESTIGAÇÃO DOS EFEITOS DA N-ACETILCISTEÍNA (NAC) SOBRE PARÂMETROS COMPORTAMENTAIS NO MODELO DE ESTRESSE CRÔNICO EM PEIXES-ZEBRA

  • Bruno Zilli Peroni UFFS
  • Anna Paula Monteiro de Souza
  • Ricieri Naue Mocelin
Palavras-chave: Ansiedade, Estresse Crônico Imprevisível, N-acetilcisteína, Peixes-zebra, Transtornos Neuropsiquiátricos

Resumo

As condições neuropsiquiátricas são grandes causas de incapacidade e problemas sociais, levando à depressão, suicídio e altos custos econômicos. Apesar dos avanços na compreensão dos transtornos mentais, sua neurobiologia é pouco entendida. Por ser um potente antioxidante e modulador da atividade glutamatérgica - fatores alterados na fisiopatologia de transtornos neuropsiquiátricos -, a N-Acetilcisteína (NAC) surge como medicamento candidato no tratamento destas condições. Este estudo objetivou avaliar os efeitos da NAC na redução do comportamento do tipo ansioso em peixes-zebra submetidos ao protocolo de Estresse Crônico Imprevisível (ECI). 80 peixes-zebra foram alocados em 8 grupos experimentais, sendo 4 submetidos ao ECI (+) e 4, não submetidos (-). Cada um destes 4 grupos foi exposto à NAC (10 mg/L, 20 min), fluoxetina (FLU) (10 mg/L, 20 min), cetamina (KET) (20 mg/L, 20 min) ou veículo. Os grupos obtidos foram, respectivamente, NAC+, NAC-, FLU+, FLU-, KET+, KET-, CTRL+ e CTRL-. O comportamento foi avaliado pelo Teste de Tanque Novo. O ECI induziu comportamento do tipo ansioso, sendo que todos os tratamentos foram capazes de reverter os efeitos ansiogênicos. Considerando os efeitos ansiolíticos produzidos pela NAC nesse estudo, destaca-se que este medicamento é um agente promissor no tratamento de condições neuropsiquiátricas associadas ao estresse.

Publicado
18-09-2024
Seção
Ciências Biológicas - Campus Passo Fundo