PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA EM INDÍGENAS ATENDIDOS EM UM AMBULATÓRIO DE MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE NO SUL DO BRASIL

  • Paulo Dambros Filho UFFS- Passo Fundo
  • Leandro Tuzzin
  • Daniela Teixeira Borges
  • Jossimara Polettini
  • Renata dos Santos Rabello
  • Gustavo Olszanski Acrani
  • Ivana Loraine Lindemann
Palavras-chave: Saúde de populações indígenas, Hipertensão arterial, Epidemiologia

Resumo

O estudo investigou a prevalência de hipertensão arterial sistêmica (HAS) em indígenas atendidos em um ambulatório de média e alta complexidade no sul do Brasil. A hipertensão é uma condição crônica que aumenta o risco de doenças cardiovasculares. Esta pesquisa, realizada entre setembro de 2023 e agosto de 2024, analisou 244 indígenas, predominantemente da etnia Kaingang. A prevalência de HAS foi de 26% (IC95 21-32), sendo mais comum em idosos (60,5%; p<0,001), moradores de acampamentos (55,8%; p=0,002), pessoas com baixa escolaridade (47,4%; p=0,005) e multimórbidos (53,1%; p<0,001). Esses achados estão alinhados com outros estudos, que também mostram uma crescente prevalência de hipertensão em populações indígenas devido a mudanças no estilo de vida e ocidentalização. O estudo sugere a necessidade de medidas de saúde específicas para rastrear e manejar a HAS nessas populações, especialmente entre os que vivem em condições menos favoráveis, como acampamentos. A pesquisa destaca a importância do acompanhamento médico para minimizar o risco de doenças cardiovasculares. As limitações do presente estudo foram o viés de seleção da amostra e a possibilidade de causalidade reversa, bem como tamanho amostral reduzido.

Publicado
10-09-2024
Seção
Ciências da Saúde - Campus Passo Fundo