OS EFEITOS DO RACISMO PARA A SAÚDE MENTAL DE ADOLESCENTES

  • Heloísa Marcelle da Silva Brito Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Priscila Pavan Detoni Universidade Federal da Fronteira Sul, Passo Fundo, Brasil
Palavras-chave: adolescência, educação em saúde, escola, racismo, saúde mental

Resumo

O racismo no Brasil é estrutural, e a escola faz parte desta estrutura, que  tem a  necessidade de construir mecanismos de enfrentamento ao racismo para diminuição de efeitos deletérios na saúde mental de adolescentes em processo de desenvolvimento. Essa pesquisa foi qualitativa etnográfica, realizada em uma escola pública municipal de ensino fundamental II na cidade de Passo Fundo/RS, cuja população de estudo foi educação em saúde com o corpo docente e grupo focal com adolescentes com idades entre 13 e 16 anos autodeclaradas pardas, mediante consentimentos. Para análise e interpretação dos dados utilizou-se a análise temática. Essa pesquisa evidenciou relação significativa entre racismo e adoecimento mental nas participantes com sintomas de depressão, ansiedade e atraso escolar médio de dois anos. Outra temática levantada na educação em saúde com o corpo docente  foi a falta de preparação para lidar com questões como o racismo e abertura para essa discussão coletiva. Portanto, é necessária a mobilização no âmbito da educação e da saúde para a construção de ferramentas de enfrentamento ao racismo e consequente promoção da saúde mental  para adolescentes.

Publicado
10-09-2024
Seção
Ciências da Saúde - Campus Passo Fundo