USO DE FARINHA DE INSETOS NA AQUICULTURA:

DIGESTIBILIDADE, AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E DESEMPENHO ZOOTÉCNICO E METABÓLICO EM TILÁPIAS DO NILO.

  • Caroline Cristina Ribeiro Simões de Souza Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Milena Cia Retcheski
  • Silvia Romão
  • Aline Pomari Fernandes
  • Luisa Helena Cazarolli
Palavras-chave: Sustentabilidade; Nutrição; Aquicultura; Farinha de Grilo

Resumo

O uso de insetos na alimentação animal tem se mostrado promissor como uma alternativa viável, especialmente na aquicultura. Os insetos, devido à sua composição química rica em proteínas, lipídios e outros componentes bioativos, apresentam um notável potencial nutricional. Sua alta qualidade nutricional e facilidade de digestão tornam os insetos uma perspectiva alimentar promissora, podendo substituir ingredientes convencionais em formulações nutricionais, como farelo de soja e farinha de peixe. Nesse contexto, o estudo se concentra na avaliação do uso da farinha de grilo, especificamente da espécie Gryllus assimilis, no desempenho zootécnico de Tilápias do Nilo na aquicultura.  Com relação a análise no laboratório foi obtido os seguintes resultados:  os animais que receberam dietas contendo farinha de grilo apresentaram níveis de sobrevivência semelhantes aos observados nos grupos controle. Sendo assim a farinha de grilo se faz uma potencial opção de substituição uma vez que os animais suplementados com a ração de 10% de farinha de grilo, tiveram o mesmo desempenho zootécnico que os alimentados com a ração comercial à base de farinha de peixe. Ligado aos parâmetros zootécnicos, como peso, comprimento padrão, comprimento total, taxa de sobrevivência e taxa de crescimento específico, os grupos alimentados com rações contendo farinha de grilo não demonstraram diferenças significativas em comparação com o grupo controle. Diante dos resultados deste trabalho, a substituição de 10% da farinha de peixe pela farinha de grilo demonstrou não promover alterações nos parâmetros zootécnicos, indicando que a farinha de grilo pode ser uma opção em relação à farinha de peixe para a substituição da ração. Além disso, mais estudos são necessários com outras fases de desenvolvimento, tempos maiores de tratamentos e avaliação fisiológica e metabólica dos animais para compreender os efeitos das substituições e as respostas dos animais em cultivo.

Publicado
04-10-2023