PREVALÊNCIA DE MYCOPLASMA HOMINIS EM AMOSTRAS DE CONTEÚDO CÉRVICO-VAGINAL DE MULHERES ATENDIDAS NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

  • Letícia Lima Miranda Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Camila Santos Rocha
  • Jossimara Polettini
Palavras-chave: Vaginose Bacteriana; PCR em Tempo Real; Exame Papanicolaou; Esfregaço Vaginal; Ginecologia

Resumo

Objetivos: Determinar a prevalência de Mycoplasma hominis em conteúdo cérvico-vaginal de mulheres atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), bem como relacionar tal achado com dados sociodemográficos, hábitos de vida, sinais e sintomas clínicos. Métodos: Estudo transversal realizado em Ambulatório de Ginecologia em Passo Fundo, RS. A pesquisa para M. hominis foi realizada por meio da técnica Reação em Cadeia da Polimerase em Tempo Real (qPCR) em amostras de conteúdo cérvico-vaginal de mulheres submetidas ao exame Papanicolaou, enquanto a presença de Vaginose Bacteriana foi considerada pela análise de lâminas de esfregaço vaginal coradas pelo método de GRAM. Os dados sociodemográficos e clínicos foram coletados através de um questionário aplicado. As relações entre as variáveis e as prevalências foram realizadas pelo teste X2 ou Teste Exato de Fisher, com significância de 5%. Resultados: Foram incluídas 183 mulheres, predominando possuir mais de 44 anos (50,3%), autodeclaração branca (64,8%) e possuir cinco ou mais anos de estudo (53,6%). A positividade para M. hominis nas amostras foi de 8,2%. A presença do microrganismo pesquisado foi positivamente relacionado à nunca ter realizado exame Papanicolaou (p<0,05). Conclusão: A população feminina acima de 44 anos, com autodeclaração branca, sexualmente ativa e que nunca realizou o exame Papanicolaou deve ser considerada quanto ao acompanhamento da saúde genital a fim de se evitar disbiose da microbiota vaginal.

Publicado
26-09-2023