AVALIAÇÃO DE FARINHA INTEGRAL DE PINHÃO, Araucaria angustifolia, COMO ALIMENTO FUNCIONAL EM DIETA PARA JUVENIS DE JUNDIÁ, Rhamdia quelen
Resumo
Em aquicultura, cuidados com a nutrição e alimentação são fundamentais, tendo em vista que aproximadamente 70% da produção aquícola mundial é de animais que necessitam provisão externa de alimento, basicamente na forma de dietas formuladas (HUA et al., 2019). Além dos gastos envolvidos representarem mais de 50% dos custos totais de produção (RANA; SIRIWARDENA; HASAN, 2009), a nutrição adequada é essencial para evitar sinais de deficiência, bem como promover benefícios ao desempenho e saúde animal (OLIVA-TELES, 2012). Além de fontes de nutrientes, ingredientes podem ser adicionados a dietas aquícolas para variadas finalidades. Aditivos alimentares, tanto nutritivos como não nutritivos, são suplementados em pequenas quantidades para fins específicos, tais como estimular o crescimento e/ou sistema imunológico dos animais, aumentar a qualidade do pescado como produto final, preservar as qualidades químicas e físicas da dieta e manter a qualidade do ambiente aquático (BHARATHI et al., 2019). A Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze, popularmente conhecida como araucária, pinheiro brasileiro ou pinheiro do Paraná, pertence à família Araucariaceae e é uma espécie conífera nativa brasileira com importância social, cultural, ambiental e econômica (WENDLING & ZANETTE, 2017; EISFELD et al., 2020). O fruto da Araucária é a pinha, que é composta pelas sementes denominadas pinhões e pelas falhas, na proporção, em média, de 1:1. O pinhão é constituído pela casca e amêndoa, suas propriedades nutricionais e compostos bioativos o colocam em posição de destaque como alimento funcional, com potencial uso na alimentação humana e animal (MOELLER & GREGATI, 2018; HELM et al., 2020).
O aproveitamento total do pinhão (amêndoa, casca e até mesmo a água de cozimento), com produção em larga escala pode se refletir em renda para a agricultura familiar, estimulando a plantação e manejo florestal sustentável, podendo, desta forma, contribuir para a exclusão da araucária da lista de espécies ameaçadas de extinção (DANNER et al., 2012; HELM et al., 2020). Neste sentido, a utilização da farinha de pinhão como alimento funcional em dietas para piscicultura surge como alternativa para diversificação da atividade e otimização da produção em propriedades familiares rurais da região sul do Brasil, onde são encontradas as maiores áreas remanescentes de floresta de araucária (FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA; INPE, 2019). Mas, para tanto, se faz necessário o desenvolvimento de estudos avaliativos deste alimento em peixes, inexistentes até o presente.
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