ABUSO E ASSÉDIO NA RELAÇÃO DOCENTE E DISCENTE NA UFFS, CAMPUS ERECHIM: INEXISTÊNCIA OU INVISIBILIDADE?

Resumo

Apesar da importância política, econômica, social das universidades públicas nos países Latino-americanos, do compromisso com a formação de cidadãos conscientes e do comprometimento ético com o respeito a diversidade cultural previsto, frequentemente, nos projetos pedagógicos das instituições de ensino superior (IES), nota-se nas relações pessoais a existência de um resquício cultural de cunho autoritário e que viola Direitos, cujas características não representam os princípios defendido pelas IES nos documentos oficiais. Isso acontece, porque as relações sociais são permeadas de poder. O poder visa o controle e a dominação sobre pessoas e/ou coisas. E o assédio e o abuso, elementos centrais desta pesquisa de Iniciação Científica (IC), são formas de violência onde se faz essencial haver uma relação de poder entre a pessoa agressora e a vítima.

Verificou-se que ainda são insuficientes os estudos sobre abuso e assédio no setor público brasileiro, em específico, quando se trata de instituições de ensino superior (IES). No cotidiano universitário há muitas conversas não oficiais de histórias que poderiam se configurar em algum tipo de violência, no entanto, não foi possível nesta fase da pesquisa aplicar um instrumento para quantificar e qualificar tais ocorrências. Daí a importância de práticas educacionais de combate ao abuso e assédio e de conscientização da comunidade sobre definições e como proceder.

            Diante de denúncias, apresentada pela mídia e em pesquisas, da realidade de abusos no ambiente universitário e da necessidade de combater tais práticas, a presente pesquisa, (desenvolvida no período de 01 de agosto de 2022 a 31 de julho de 2023) visou investigar o significado do abuso e assédio, divulgar situações ocorridas em outras IES no campus Erechim e compartilhar com a comunidade universitária o significado destas palavras com a finalidade de esclarecer e alertar a todos. Também foi elaborado um roteiro de entrevistas com 16 perguntas, para que seja submetido ao comitê de ética e para que a pesquisa possa continuar futuramente.