A AURICULOTERAPIA COMO FERRAMENTA NÃO FARMACOLÓGICA NO MANEJO DE DOR CRÔNICA E NA QUALIDADE DE VIDA

  • Maria Eduarda Simon UFFS
  • Debora de Tavares de Resende e Silva
Palavras-chave: Auriculoterapia; Dor Crônica; Qualidade de vida.

Resumo

Este estudo propõe analisar o efeito da terapia não farmacológica de Auriculoterapia em pacientes com dor crônica (DC) atendidos em Unidades Básicas de Saúde (UBS). A dor crônica afeta significativamente a qualidade de vida dos pacientes, dificultando a realização de atividades diárias e diminuindo a autonomia. Estratégias não farmacológicas, como a Auriculoterapia, são reconhecidas como abordagens eficazes para o manejo da DC. A pesquisa adota uma metodologia de pesquisa de abordagem quantitativa com ensaio clínico randomizado, coletando dados através de questionários pré e pós a aplicação do protocolo de Auriculoterapia, o qual foi fechado e possuiu uma duração de 4 semanas. Para análise estatística, a normalidade foi testada pelo teste de Kolmogorov-Smirnov e os resultados apresentados com média ± desvio padrão, para variáveis paramétricas, e sob a forma de mediana e faixa de variação para variáveis não paramétricas. As diferenças estatísticas entre os conjuntos de valores dos diferentes tratamentos foram determinadas usando o Teste de Wilcoxon, usando o software IBM SPSS. O esudo contou com n=53 pacientes, com idade entre 59,90±20,11 anos. Dentro do questionário SF-36, que se refere a qualidade de vida, houve melhora com significância estatística nos âmbitos de aspectos físicos, com valor de 40,09±27,44 pré e 55,18±29,96 pós tratamento; dor com valor pré 91,20±11,71 e pós 63,18±15,047; estado geral da saúde com valor pré 49,22±12,95 e pós 55,37±12,28; aspectos emocionais com valor de 41,50±31,28 pré tratamento e pós 62,88±28,98; e saúde mental com valores de 43,54±23,49 pré e 50,86±22,10 pós tratamento. Quanto ao DASS-21, obteve-se resultados com relevância estatística no âmbito de estresse (p=0,008 < 0,05) e ansiedade (p=0,050), mas não no quadro depressivo (p=0,452 > 0,05). Por fim, no inventário da dor, observou-se que em todos os casos, a intensidade média da dor diminuiu após o tratamento, sendo que o p-value em todos os casos é 0,001. Fornece, através desses dados, evidências que sustentam a integração e a implementação da Auriculoterapia para o manejo da dor crônica, estresse e ansiedade no sistema de saúde público.

Publicado
17-10-2023