CIRCULAÇÃO DO PODER IMPERIAL BIZANTINO NO MEDITERRÂNEO TARDO-ANTIGO. UMA HISTÓRIA CONECTADA ENTRE OS SÉCULOS IV À VI
Palavras-chave:
Poder imperial bizantino; História conectada; Circulação mediterrânica; Antiguidade Tardia; Jordanes e Malalas.Resumo
O presente estudo propõem-se a fazer uma análise crítica sobre a circulação do poder imperial bizantino nos espaços mediterrânicos no período tardo-antigo, aqui compreendido entre os séculos IV à VI, a partir de uma história conectada, buscando entender o exercício do poder imperial bizantino em locais que não necessariamente estavam diretamente vinculados à sua autoridade. Destarte, esta pesquisa de iniciação científica é feita a partir do cotejo de dois documentos contemporâneos a este período, a saber a “Crônica”, de João Malalas, e a “Gética”, de Jordanes, ambas traduzidas e organizadas para o inglês. A primeira versa desde a criação do mundo até o seu presente histórico, interessando, dos dezoito livros, apenas os seis últimos, que compreendem o escopo temporal desta pesquisa. Já em relação à obra de Jordanes, ela foi escrita no século VI, por um descendente dos godos, sobre as origens de seu povo e as conquistas do imperador Justiniano sobre eles na península itálica. Assim, como resultado, pode-se perceber que o poder imperial bizantino – embora sediado na cidade de Constantinopla, no Oriente helênico – circulava por toda a bacia do Mediterrâneo neste período da Antiguidade Tardia, inclusive em espaços que não compreendiam as fronteiras do Império Bizantino, dando legitimidade para certas autoridades não-romanas e fazendo alianças político-militares nessas localidades. Desse modo, estes encontros davam-se de diversas formas, com intercâmbios culturais, históricos, normativos e religiosos, logo, nem sempre através de trocas violentas, uma vez que as fronteiras são sempre fluidas, sendo o mar um ambiente privilegiado para as circulações e conexões, inclusive nas temporalidades recuadas.
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