ÁTIMOS POÉTICOS: EXPRESSÕES DA POESIA BRASILEIRA RECENTE

Resumo

Este projeto dedicou-se a analisar a experiência do luto nos poemas de Quase todas as noites (2016), de Simone Brantes. A poeta é natural de Rio de Janeiro, autora de três livros de poesia: Pastilhas brancas (1999), O caminho de Suam (2002) e Quase todas as noites (2016), este último vencedor do Prêmio Jabuti na categoria “poesia” no ano de 2017. Existe na obra a predominância de três temas primordiais, o estado onírico, a família e a morte, em especial, a morte de um pai, que aparece em sonhos ou em divagações do sujeito-lírico e está quase sempre atrelado aos demais temas recorrentes no livro, como o passado e a morte.Assim, a obra é perpassada pelo enigmático, um efeito ocasionado por uma profunda valorização do onírico, isto é, a um estado semelhante ao da constante divagação, em que a sucessão de pensamentos se articula ao cotidiano para se materializar. Desse modo, interessa-nos compreender quais são os espaços da figura paterna nos poemas em que sua presença se manifesta, ainda que de modo implícito, junto aos demais temas e ao cotidiano abordado no livro.Este estudo foi desenvolvido pelo projeto de pesquisa “Átimos poéticos: expressões da poesia brasileira recente”, que direciona um olhar atento às produções poéticas brasileiras mais recentes, vinculado ao projeto guarda-chuva “Estruturas poéticas emergentes de modernidade”, que visa promover a realização de estudos e a elaboração de análises sobre textos literários que correspondem à modernidade e a contemporaneidade pela perspectiva de professores em processo de formação.