INVESTIGAÇÃO DO EFEITO DA N-ACETILCISTEÍNA (NAC) SOBRE PARÂMETROS NEUROQUÍMICOS EM PEIXES-ZEBRA SUBMETIDOS AO PROTOCOLO DE ESTRESSE CRÔNICO IMPREVISÍVEL
Resumo
Introdução: A N-acetilcisteína (NAC) é amplamente utilizado na clínica como mucolítico, antídoto específico para overdose por paracetamol, na prevenção de doença pulmonar obstrutiva crônica, dentre outras aplicações. Seu mecanismo de ação multifacetado vem sendo recentemente evidenciado, demonstrando potencial como adjuvante terapêutico no tratamento de diferentes transtornos mentais. Metodologia: Foram usados 24 peixes-zebra (Danio rerio) adultos com aproximadamente 4 meses de idade (proporção 50:50 machos: fêmeas) do tipo selvagem (wild-type, fenótipo short fin). Havendo o período de adaptação inicial, os animais foram transferidos para tanques de aclimatação de forma randomizada totalizando 12 animais (6 machos e 6 fêmeas). Além dos períodos de exposição, os animais foram filmados individualmente e quantificados no software ToxTrac®. Posteriormente, os animais foram eutanasiados por resfriamento e os encéfalos dissecados em gelo, homogeneizados, centrifugados e o sobrenadante armazenado (-80 oC). Os parâmetros avaliados foram: dano oxidativo aos lipídios pelo nível de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) e o dano oxidativo às proteínas pelos níveis de grupos tióis não proteicos (NPSH). Os dados foram considerados paramétricos e para a análise estatística foi realizado test t de student não pareado. Os dados são expressos como média ± erro padrão da média (S.E.M). O nível de significância adotado foi p<0,05. Resultados: No teste dos efeitos da N-acetilcisteína (NAC) no tanque novo não foram observados efeitos da NAC na distância total percorrida, no número total de cruzamentos entre as 3 áreas do aparato (topo, meio e fundo), no número de entradas tanto no fundo quanto no topo do aparato, bem como a NAC não induziu alteração no tempo de permanência tanto no topo quanto no fundo do aparato. Além disso, a exposição aguda a NAC por 20 minutos não induziu dano lipídico no teste de TBARS e dano proteico no teste de NPSH. Conclusão: A NAC não apresentou dano locomotor e oxidativo após exposição aguda. Nesse sentido, estudos adicionais são necessários para melhor avaliar a eficácia da NAC em transtornos mentais.
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