INVESTIGAÇÃO DOS EFEITOS DA N-ACETILCISTEÍNA (NAC) SOBRE PARÂMETROS COMPORTAMENTAIS NO MODELO DE ESTRESSE CRÔNICO EM PEIXES-ZEBRA

  • Gustavo Beilke Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Anna Paula Monteiro de Souza
  • Ricieri Mocelin
Palavras-chave: peixe-zebra; transtorno mental; comportamento; n-acetilcisteína; cetamina

Resumo

É bem aceito que o estresse é um importante fator etiológico no desenvolvimento de transtornos de ansiedade e depressão, induzindo alteração da neuroplasticidade, dano oxidativo e neuroinflamação. Recentemente foi mostrado uma relação entre o sistema glutamatérgico e tais transtornos.

A N-acetilcisteína apresenta propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, bem como, neuromodulador de diferentes sistemas neurotransmissores, principalmente o sistema glutamatérgico. Assim, o objetivo desse projeto foi investigar o efeito rápido e sustentado da N-acetilcisteína sobre parâmetros comportamentais no teste de tanque novo em peixes-zebra.

Trata-se de um estudo experimental, qualitativo em que foram usados 96 peixes-zebra (Danio rerio) adultos, aclimatados e gentilmente transferidos para os respectivos tanques de exposição durante 20 minutos. Os animais foram filmados individualmente durante 6 minutos e quantificados no software ToxTrac®. A normalidade dos dados foi analisada pelo teste de D'Agostino-Person e a homogeneidade das variâncias pelo teste de Levene. ANOVA de uma via seguida do teste post hoc de Tukey, foi utilizada para identificar os efeitos da exposição aos compostos cetamina, N-acetilcisteína e fluxetina. O nível de significância adotado foi p<0,05.

N-acetilcisteína e cetamina não apresentaram comportamento do tipo ansiolítico após exposição aguda. Estudos adicionais são necessários para melhor avaliar a eficácia da NAC em transtornos mentais.

Publicado
09-10-2023