APLICAÇÃO DO ÓLEO ESSENCIAL DE NEEM LÍQUIDO E MICROENCAPSULADO SOB INFESTAÇÃO DE SITOPHILUS ZEAMAIS EM GRÃOS DE MILHO ARMAZENADO
Palavras-chave:
grãos armazenados, insetos-pragas, pós-colheita, tecnologias sustentáveisResumo
O objetivo da pesquisa foi avaliar o efeito inseticida e repelente do óleo essencial de neem (Azadirachta indica), líquido e microencapsulado, no controle de Sitophilus zeamais em grãos de milho, e a persistência dos efeitos do óleo durante o armazenamento. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, para cada forma de aplicação do óleo essencial (líquido e microencapsulado), sob esquema fatorial 6 x 6 (dose x tempo), com quatro repetições para cada tratamento. Sendo os tratamentos, com dose de óleo líquido e microencapsulado, equivalentes a 0, 1, 2, 3, 4 e 5 L t-1. Os testes de efeito inseticida e repelente foram realizados com insetos de idade conhecida (20 - 30 dias), utilizando grãos de milho devidamente desinfetados em ultrafreezer por 48 horas. Para a avaliação da atividade inseticida do óleo essencial foram utilizadas placas de Petri com 7 cm de diâmetro, nas quais foram colocadas 20 g de milho de cada tratamento por placa, sendo em seguida colocados 10 insetos adultos (Sitophilus zeamais), não sexados, por placa. Estas foram mantidas em câmara climática BOD, ajustada a temperatura a 25±2 °C, UR de 60±10% e fotófase de 12 h. As observações do efeito inseticida foram realizadas após 1, 24, 48, 72, 96 e 120 horas de aplicação dos tratamentos, contando-se o número de insetos mortos por placa. Para avaliar a atividade repelente do óleo essencial, foram utilizadas arenas, nas quais foram distribuídos os tratamentos propostos, sendo posteriormente, no recipiente central, liberados 30 insetos adultos, não sexados. As arenas também foram mantidas em câmara climática BOD, ajustada a temperatura a 25±2 °C, UR de 60±10% e fotófase de 12 h, e as observações foram realizadas nos tempos 1, 24, 48, 72, 96 e 120 horas, através da contagem de insetos em cada tratamento. A análise dos dados foi realizada com teste F e conduzida análise de variância e testes de regressão, com auxílio do programa estatístico R. Através dos análises, pode-se concluir que o óleo essencial de neem, apresentou eficiência apenas quando aplicado na forma liquido para a mortalidade e repelência de insetos. No que tange as doses avaliadas, na forma liquida, para mortalidade verificou-se mortalidade superior a 80% nas doses de 2,5 e 5 L t-1, e repelência em todas as doses avaliadas. Por fim, a aplicação do óleo de neem na forma encapsulada não apresenta-se como uma estratégia adequada para manejo dos insetos para as condições avaliadas até o momento.
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