PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES HOSPITALIZADOS ACOMETIDOS POR INFECÇÕES VIRAIS AGUDAS DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL

  • Haniel Willen Araujo Souza Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Passo Fundo
  • Paulo Moacir Mesquita Filho Hospital de Clínicas de Passo Fundo
  • Gustavo Olszanski Acrani Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Passo Fundo https://orcid.org/0000-0002-5786-6732
Palavras-chave: Epidemiologia, Incidência, Infecções Virais do Sistema Nervoso Central, Encefalite Viral, Meningite Viral

Resumo

As infecções virais agudas do Sistema Nervoso Central (IVASNC) são importantes causas de internação hospitalar. Em geral, podem se subdividir em Encefalites, Meningites e Mielites, quando acometem segmentos do Sistema Nervoso Central isoladamente, e Meningoencefalites e Encefalomielites, quando segmentos são associados. O objetivo desta pesquisa é verificar a prevalência e a incidência das IVASNC nos pacientes hospitalizados e descrever seu perfil clínico-epidemiológico. Trata-se de um estudo transversal e descritivo, realizado em um hospital terciário, com coleta de dados em prontuário. A amostra é não probabilística, selecionada por conveniência, e inclui todos os pacientes que foram hospitalizados com os códigos da Classificação Internacional de Doenças (CID-10) correspondentes as IVASNC entre 1º de janeiro de 2016 a 31 de dezembro de 2020. Foi realizada análise descritiva com cálculo das medidas de tendência central, das medidas de dispersão e da distribuição das frequências absolutas e relativas. A amostra das IVASNC foi de 81 pacientes, sendo que a maior incidência dessas foi no ano de 2016, com 112,0 casos/100.000 hospitalizados, e a menor foi no ano de 2018, com 51,3 casos/100.000 hospitalizados. Dentre as IVASNC, as Meningites Virais foram as mais prevalentes (40,8%), assim como a população do sexo masculino (58,0%), a cor branca (98,7%) e a faixa etária adulta jovem (39,5%). A cefaleia foi o sintoma mais prevalente (67,9%) das IVASNC. Conclui-se que a existe um aumento das incidências das IVASNC nos últimos 5 anos e que a tendência destas é regredir com os avanços diagnósticos e terapêuticos.

Publicado
29-09-2022