PREVALÊNCIA DE MULTIMORBIDADE EM IDOSOS ACOMPANHADOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

  • Bianca Braz Gomes Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Ivana Loraine Lindemann
  • Ueslei Mossoi Tribino
  • Shana Ginar da Silva
  • Renata dos Santos Rabello

Resumen

A multimorbidade é definida como a ocorrência simultânea de duas ou mais doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT) e vem sendo objeto de estudo pela alta prevalência, principalmente em faixas etárias mais avançadas da população (VIOLAN et al., 2014), o que pode estar relacionado com a maior facilidade de acesso ao diagnóstico e o aumento da expectativa de vida (GUIMARÃES; ANDRADE, 2020).

O fenômeno da inversão da pirâmide etária e, consequentemente, a multimorbidade, tem causado prejuízos de caráter social e de saúde pública, sendo uma preocupação pertinente aos governos de muitos países (GUIMARÃES; ANDRADE, 2020). No Brasil, considerando a organização do Sistema Único de Saúde (SUS), os principais responsáveis pelo acompanhamento destes pacientes são os profissionais da Atenção Primária a Saúde (APS) (MELO et al., 2019).

É perceptível que a alta prevalência de multimorbidade é um fator preditivo da diminuição de qualidade de vida, sobretudo em faixas etárias mais avançadas. Este estudo possibilitou a verificação de uma condição de saúde precarizada que deve ser tratada como um grave problema de saúde pública, principalmente por se tratar de doenças preveníveis. Os resultados confirmam as tendências apresentadas em outras populações e reforçam a necessidade de adoção de medidas preventivas e de adequado tratamento às morbidades diagnosticadas, englobando indentificação de populações de risco, educação em saúde, investimento importante em APS e conscientização geral quanto à importância das DCNT e da preservação da saúde dos idosos.

Publicado
23-09-2022