PREVALÊNCIA DO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO E ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL EM IDOSOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

  • Heloísa Marcelle da Silva Brito Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Ramundo Maurício dos Santos Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Ivana Loraine Lindemann Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Gustavo Olszanski Acrani Universidade Federal da Fronteira Sul
  • Regina Inês Kunz Universidade Federal da Fronteira Sul
Palavras-chave: Doenças cardiovasculares; Saúde Pública; Prevenção; Fatores de risco.

Resumo

As doenças cardiovasculares (DCV) estruturam-se como um conjunto de enfermidades que cursam com a desregulação do funcionamento sadio do coração e/ou vasos sanguíneos e protagonizam, no Brasil, a principal causa de morte. A maioria dessas enfermidades instauram-se em decorrência de problemas crônicos desenvolvidos há um longo período, embora possam emergir em episódios agudos, como o infarto agudo do miocárdio (IAM) ou o acidente vascular cerebral (AVC), sobretudo em indivíduos idosos, visto que a idade é o principal fator de risco não modificável relacionado ao surgimento de tais patologias, que, quando associada a outras características sociodemográficas, de saúde e comportamentais, intensificam o risco de mortalidade cardiovascular. Nesse sentido, o presente estudo teve como objetivo descrever a prevalência de IAM e de AVC em idosos acompanhados pela Atenção Primária à Saúde (APS), assim como verificar a distribuição do diagnóstico dessas DCV de acordo com características sociodemográficas, de saúde e comportamentais. Trata-se de um estudo transversal com abordagem quantitativa de dados secundários, cuja população é composta por pacientes idosos, de ambos os sexos, com idade igual ou superior a 60 anos, atendidos na APS de Marau, Rio Grande do Sul. Evidenciou-se, após análise estatística dos dados, que há uma maior prevalência de AVC (4%) em comparação ao IAM (3%) em idosos atendidos na APS e que tais condições têm a sua ocorrência relacionada a fatores sociodemográficos, de saúde e comportamentais, como o tabagismo, o etilismo e a não realização de atividade física. Desse modo, espera-se que os dados levantados possam servir de instrumento para a gestão de equipes de saúde, bem como para profissionais da área, na elaboração de estratégias de promoção e prevenção de doenças.

Publicado
12-09-2022