COMPORTAMENTO AGRONÔMICO DE DOIS GENÓTIPOS DE MORANGUEIRO SUBMETIDOS A DIFERENTES FORMAS DE CULTIVO

Resumo

No Brasil, cultivares de morangueiro norte-americanas ou européias são as mais utilizadas. O morangueiro possui diversas cultivares, com condições específicas de desenvolvimento, como temperatura e o fotoperíodo, exercendo influência direta sobre as cultivares de dias curtos, mas não as de dia neutro (Strassburger et al., 2010). A variações de temperatura tem influência na floração, podendo estender o período de produção durante todo o ano, se as condições forem atendidas (Otto et al., 2009).

Geralmente o cultivo é feito no solo, é realizado em canteiros com mulching, e protegidos por túneis baixos. Seu maior problema é a ergonomia, que aumenta a penosidade do trabalho e a suscetibilidade a doenças radiculares (Godoi et al., 2009). A alternativa para esse problema é o cultivo fora do solo. Podendo ser em hidroponia ou em substrato (semi-hidropônico). No cultivo em substrato os os recipientes são preenchidos com substrato, inerte ou pouco ativo quimicamente, para dar suporte às plantas (Trevisan et al., 2017). Os recipientes mais utilizados neste tipo de cultivo são sacos de cultivo (slabs), calhas ou vasos (Sausen et al., 2020). Os recipientes de cultivo ficam suspensos, proporcionando melhor ergonomia (Gonçalves et al., 2016a).

Apesar da diversidade de opções de insumos alternativos, as pesquisas com formas de cultivo do morangueiro fora de solo, ainda são escassas para o cultivo orgânico. Com o crescimento do cultivo do morangueiro no Brasil e no mundo, têm-se motivado estudos de novas técnicas e ultivares, tornando-se necessário analisar a adaptabilidade desses novos materiais nas regiões em que deseja-se introduzi-los (Antunes & Peres, 2013), além do potencial produtivo e a qualidade físico-química das frutas produzidas (Pádua et al., 2015). Os estudos direcionam-se para a produção de morangueiro de forma orgânica, com viabilidade em aspectos técnicos e com retorno econômico, além de minimizar os impactos ambientais (Santi & Couto, 2013).