AVALIAÇÃO DE PARÂMETROS DE ESTRESSE OXIDATIVO EM PACIENTES COM NEOPLASIA INTRAEPITELIAL DE ALTO GRAU

  • Rafaela Thais Schalanski UFFS
  • Anne Liss Weiler
  • Angelica Almeida
  • Daciele Paola Preci
  • Andréia Machado Cardoso
Palavras-chave: neoplasia, HPV, estresse oxidativo

Resumo

As neoplasias intraepiteliais cervicais são caracterizadas como lesões proliferativas com maturação anormal e atipias de diversos graus, as quais tornam parte ou toda a espessura do epitélio escamoso cervical substituída. O Sistema Bethesda introduziu a nomenclatura dessas lesões separando-as em lesão intraepitelial de baixo grau (LSIL - Low Squamous Intraepithelial Lesion) e lesão intraepitelial de alto grau (HSIL- High Squamous Intraepithelial Lesion). Normalmente, uma parcela grande das LSIL regridem espontaneamente, enquanto que as HSIL possuem maior taxa de progressão para o Câncer de Colo Uterino. O trabalho consiste em um estudo tranversal de análise quantitativa, com o objetivo de avaliar os parâmetros de estresse oxidativo e antioxidantes em pacientes com HSIL. Para isso, um grupo de pacientes com a patologia (n=17) e um grupo controle (n=17) foram selecionados para uma coleta única de amostra de sangue periférico, entre 2019-2021 no município de Chapecó. O estudo abrangia pacientes com o dignóstico de lesão percursora do câncer estudado não submetidas a qualquer tratamento e mulheres saudáveis e sem lesão cervical. Nas amostas, foram analisádos os marcadores de estresse oxidativo, como os níveis séricos de substâcias reativas ao ácido tiobrabitúrico, e os antioxidantes enzimáticos, como a glutationa-S-tranferase, superóxido dismutase e catalase, e não enzimáticos tióis proteicos e não protéicos, mieloperoxidase e vitamina C. Os dados foram analisados pelos testes de Shapiro-Wilk e U de Mann-Whitney para comparação entre as médias. Os resultados obtidos nesse estudo corroboram com a teoria de que o estado antioxidante prejudicado e o estresse oxidativo estão fortemente correlacionados com a patogênese das lesões cervicais percursoras de câncer de colo uterino, principalmente pelos resultados obtidos para catalase e tióis proteicos (p<0,05). Entretanto, para os demais marcadores os resultados não foram significativos, como consequência de fatores limitantes em pacientes com HSIL. Diante disso, precisa-se realizar um estudo com maior uma amostra para desvendar a influência do estresse oxidativo e do estado antioxidante prejudicado na patogênese do câncer de colo uterino. 

 

Publicado
26-10-2021