O EXERCÍCIO DA MATERNIDADE APRISIONADA: TEIAS DE SIGNIFICADOS NA PROMOÇÃO DO BINÔMIO FAMÍLIA-SAÚDE

  • Caroline Menzel Gato UFFS
  • Jeferson Santos Araújo
  • Silvio Eder Dias da Silva
  • Aline Massaroli
  • Vander Monteiro da Conceição
Palavras-chave: Relações Familiares; Família; Prisões; Prisioneiros; Enfermagem

Resumo

O encarceramento interfere na condição humana ao produzir diversos rompimentos do indivíduo com o meio social e familiar, a privação de liberdade repercute no distanciamento da família, dos filhos, amigos e de todos que integram o ambiente social. O objetivo do trabalho foi produzir uma metassíntese qualitativa sobre as implicações que o processo de privação de liberdade apresenta nas relações familiares de adultos apenados. A busca aconteceu nas bases de dados PubMed, Web of Science, Embase, Science Direct, PsycINFO e LILACS durante o período de janeiro a maio de 2021. Para determinar a relação entre as evidências, analisando suas características em uma ampla perspectiva, utilizou-se o software MaxQDA® versão 2020. Os resultados mostram que a separação entre pais e filhos, causada pelo processo de encarceramento, provoca consequências importantes no desenvolvimento e saúde das crianças, influenciando no processo de apego. Conclui-se que o processo de privação de liberdade afeta as relações familiares de adultos apenados e reflete diretamente no tipo de apego desenvolvido. Compreender como a teoria do apego se aplica nas relações durante a prisão de um membro da família, permite a reflexão e busca por estratégias que visem reduzir traumas, principalmente para crianças e cuidadores que vivenciam essa realidade.

Publicado
09-10-2021