CARACTERIZAÇÃO DE LEVEDURAS PARA PRODUÇÃO DE XILITOL E ETANOL EM MEIOS CONTENDO GLICOSE, XILOSE E CELOBIOSE

  • Viviani Tadioto UFFS
  • Caroline Muller
  • Boris U. Stambuk
  • Helen Treichel
  • Sérgio L. ALVES JR
Palavras-chave: Wickerhamomyces sp.; Saccharomyces cerevisiae; biorrefinaria.

Resumo

Nas biorrefinarias, o xilitol e o etanol 2G são dois dos produtos predominantemente avaliados na literatura. Enquanto a glicose e a celobiose podem ser utilizadas pelas leveduras empregadas no processo por meio de fermentação alcoólica, a xilose pode ser tanto destinada à produção do biocombustível quanto do açúcar-álcool em questão. Haja vista suas inúmeras aplicações, especialmente na indústria farmacêutica, de cosméticos e de alimentos, a obtenção do xilitol tornou-se extremamente desejável, sendo este um dos produtos de maior valor agregado em biorrefinarias. Com vistas à otimização da produção simultânea de xilitol e etanol em biorrefinarias de segunda-geração, este trabalho avaliou as melhores condições de cultivo e o desempenho fermentativo de três leveduras em meios de cultura sintéticos contendo os carboidratos e os inibidores de fermentação majoritariamente encontrados em hidrolisados lignocelulósicos.

Os resultados obtidos com o DCC demonstram que a levedura selvagem, no que concerne o consumo de celobiose, apresenta ampla vantagem em relação às duas linhagens de S. cerevisiae analisadas. De fato, a literatura aponta que esta espécie carece de b-glicosidases periplasmáticas capazes de hidrolisar este dissacarídeo ou transportadores aptos a internalizá-lo, inviabilizando assim o seu metabolismo. 

A cepa selvagem UFFS-CE-3.1.2 apresentou maior potencial de produção de xilitol, e a cepa engenheirada JDY-01, o melhor desempenho quanto à produção de etanol. Para ambas, maiores valores de pH e açúcares foram favoráveis para seus produtos gerados. Embora o ácido acético não tenha tido efeito sobre a performance da JDY-01, o rendimento de xilitol obtido pela UFFS-CE-3.1.2 foi superior nas concentrações mais baixas do referido inibidor.

 

 

Publicado
05-10-2021