AUTODETERMINAÇÃO PARA A PATERNIDADE DURANTE O ADOECIMENTO POR HIV/AIDS
Resumo
Objetivo: Compreender a paternidade no contexto do HIV/AIDS sob a perspectiva da Teoria da Autodeterminação. Método: metassíntese qualitativa realizada em agosto de 2020 por meio da busca de publicações indexadas no PubMed, Web of Science, Embase, Science Direct, PsycINFO e LILACS. A amostra foi composta por 4 estudos finais, que foram analisadas pelo software MaxQDA® e extraídos os conceitos de primeira, segunda e terceira ordem, e sua síntese interpretativa a partir da Teoria da Autodeterminação (TDA). Resultados: Foram evidenciados a presença da conservação da cultura da masculinidade, do medo, do sentimento de culpa e a busca por outras alternativas de paternidade. Elaboraram-se diferentes perspectivas quanto a TDA, onde determinado grupo observa a paternidade como algo indesejável pela perspectiva de sofrimento de seu grupo familiar com o adoecimento e seus riscos de contágio, e outra face que vê na paternidade uma possibilidade de recomeço e reinserção socio-cultural. Conclusão: as evidências mostram que a paternidade é um refúgio para a quebra do estigma do adoecimento, ainda mais forte quando numa IST altamente estigmatizada e que os homens são reféns da manutenção cultural da masculinidade, e a perpetuam em suas ações e na buscas pela retomada de seu status social.
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