MODELAGEM MATEMÁTICA PARA ESTIMAR A INTERFERÊNCIA E O NÍVEL DE DANO ECONÔMICO DE PLANTAS VOLUNTÁRIAS INFESTANTES DA CULTURA DO MILHO

  • Daniel Cristian Cavaletti UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL
  • Rafael Woffmann Wall
  • Vinicius Benetti
  • Leonardo Brunetto
  • Leandro Galon
Palavras-chave: Zea mays; Glycine max; Nível de dano econômico.

Resumo

Dentre os fatores bióticos que interferem na produtividade do milho destaca-se a interferência ocasionada pelas plantas daninhas que competem com a cultura pelos recursos como água, luz e nutrientes, além de hospedarem pragas e doenças e isso tem ocasionado limitação da expressão do potencial de produtividade da cultura. Na atualidade a soja voluntária tem se destacado como uma planta daninha problemática de ser controlada ao infestar, o milho por ser resistente ao glyphosate e ao amonio-glufosinate e que tem ocasionado prejuízos quantiqualitativos à cultura. O principal método de manejo adotado com essa cultura é o químico com uso de herbicidas. No entanto a decisão de controlar soja voluntária com base no conceito de nível de dano econômico (NDE) permite ao produtor adotar práticas de manejo somente quando os prejuízos causados pela planta infestante forem superiores ao custo da medida utilizada. Diante disso objetiva-se com o trabalho testar modelos matemáticos e identificar variáveis explicativas visando determinar o nível de dano econômico de soja voluntária na cultura do milho estimados em função de híbridos de milho e de densidades do competidor. O experimento foi conduzido a campo, na área experimental da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Campus Erechim/RS, em sistema de plantio direto. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, sendo os tratamentos compostos por seis híbridos de milho (NK 422 Vip 3, NK 488 Vip 3, Syn Supremo Vip 3, Brevant 2A401 PW, FS 481 PW e FS620 PWU) e 12 densidades de soja (0, 4, 14, 14, 18, 20, 28, 30, 42, 50, 66 e 66; 0, 14, 22, 22, 28, 34, 34, 38, 42, 44 54 e 130; 0, 12, 14, 18, 28, 32, 32, 36, 36, 48, 54 e 82; 0, 6, 10, 18, 34, 42, 44, 24, 40, 56, 54 e 54; 0, 4, 4, 10, 10, 28, 30, 34, 42, 46, 50 e 94; 0, 4, 8, 10, 20, 22, 28, 32, 40, 48, 50 e 58 plantas m-2) em competição com os respectivos híbridos de milho. Observou-se que os valores estimados para o parâmetro i tenderam a ser menores para o híbrido NK 488 Vip3, seguido por Brevant 2A401 PW e Syn Supremo Vip3. A menor competitividade foi verificada para o híbrido FS 481 PW. Os híbridos NK 422 Vip3 e FS 620 PWU apresentaram valores intermediários aos demais na presença de densidades de plantas de soja voluntária. O modelo da hipérbole retangular estima adequadamente as perdas unitárias e máximas de produtividade de grãos de milho. Os híbridos NK 488 Vip3, Brevant 2A401 PW e Syn Supremo Vip3 apresentaram as maiores competitividades ao serem infestados por diferentes densidades de soja voluntária. Os maiores valores de NDE foram de 1,07 a 3,82 plantas m-2, para os híbridos NK 488 Vip3, Syn Supremo Vip 3 e Brevant 2A401 PW os quais demonstraram as maiores competitividades com a soja voluntária.

Publicado
24-09-2021